São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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31 de dezembro; Munição; Na medida; Escolhendo o alvo; Briga de poderes; Disfarce civil; Por exemplo; Invertendo o papel; Sob a asa tucana

31 de dezembro
Fleury reúne hoje pela manhã seu secretariado para anunciar o fim do suspense: fica no governo até o final do mandato.

Munição
Fleury mandou recuperar filmes de sua campanha de 90 nos quais promete não usar o governo paulista como trampolim para a Presidência. Quer tê-los para eventual uso. Dirá que outros políticos talvez não possam fazer o mesmo.

Na medida
José Richa (PSDB-PR) participou da conversa de tucanos com Hélio Garcia, na quinta. E comentou: "É um achado esta aliança. Ela convém nacionalmente e é admitida regionalmente."

Escolhendo o alvo
José Genoino (PT-SP) concorda com as críticas de FHC aos deputados que aumentaram seus salários, mas acrescenta: "Ele deveria ter começado pelos partidos governistas, que poderiam ter tirado o assunto da pauta."

Briga de poderes
Romildo Canhim, da Administração, recorreu à imprensa para obter a ata da reunião do STF que autorizou a conversão dos salários do tribunal pela URV do dia 20. O documento foi repassado à Advocacia da União, para análise.

Disfarce civil
A caça pela imprensa de parlamentares que deixam Brasília na quinta gerou novo comportamento na classe. Já são vários aqueles que, antes de se dirigirem ao aeroporto, passam em casa para tirar o terno e o broche que os identifica.

Por exemplo
Thatcher mostrou na prática o que entende pela eficiência que defende. Respondendo a de empresários em São Paulo, comentou que o único microfone disponível para a platéia não correspondia à demanda, atrasando os trabalhos.

Invertendo o papel
Acostumado ao papel de incendiário, Roberto Requião (PR) teve que se transformar em bombeiro para resfriar os ânimos entre os seus secretários José Scarpelini e Luiz Cláudio Romanelli. Os dois trocavam acusações de corrupção.

Sob a asa tucana
Na quarta, a TV da família Jereissati, afiliada da Bandeirantes no Ceará, tirou do ar uma reportagem crítica sobre a participação do governador Ciro Gomes (PSDB) no episódio em que d. Aloísio Lorscheider foi feito refém.

TIROTEIO
Do publicitário Carlito Maia, petista de carteirinha, sobre o que considera a natureza política dos tucanos:
– É tucano quem tem vergonha de ser PFL e não tem coragem de ser PT.

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