São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Garcia faz campanha para ser vice de FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de Minas Gerais, Hélio Garcia, está em campanha para ser o vice numa eventual candidatura presidencial do ministro Fernando Henrique Cardoso. Num jantar na casa do deputado Israel Filho (PTB-MG), quinta à noite, Garcia foi cortejado por parlamentares do PSDB, PTB e PMDB.
Garcia enfrentou resistências do PFL, representado pelo presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PE). "O PFL não abre mão de indicar o vice", afirmou Inocêncio. O senador Marco Maciel (PFL-PE), também cotado para ser o vice de FHC, foi convidado para o jantar mas não compareceu.
Garcia não se ofereceu como candidato a vice de FHC e nem foi convidado formalmente por nenhum dos participantes do jantar. As conversas foram dissimuladas, respeitando o estilo do governador, que só toma decisões de última hora. A todos, Garcia ressaltava sobre a importância dos 12 milhões de eleitores de Minas, segundo maior colégio eleitoral do país. "Quem não vai querer os votos dos mineiros?"
Antes de conversar com o PMDB, Garcia se reuniu reservadamente com o senador José Richa (PSDB-PR) e com o deputado José Serra (PSDB-SP). Ele afirmou que a condução do plano econômico independe da permanência de Cardoso no Ministério da Fazenda. "O plano é do governo e do presidente Itamar", afirmou.
Na reunião com os peemedebistas contrários à candidatura de Orestes Quércia, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputados Nélson Jobim (PMDB-RS), Tarcísio Delgado (PMDB-MG) e Odacir Klein (PMDB-RS) disseram a Garcia que Quércia tem que ser combatido por uma frente de centro-esquerda. Garcia resumiu numa frase a possibilidade de atuar na sucessão junto com tucanos e peemedebistas: "Temos a mesma origem e cometemos erros comuns."
O governador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) voltou a dizer ontem, em Salvador, que se coloca à disposição do partido. Segundo ele, as últimas pesquisas apontam que seu nome está consolidado como uma força política do Nordeste: "Esta força política será colocada à disposição do Brasil através de uma candidatura própria ou participando de alianças."
Colaborou a Agência Folha, em Salvador

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