São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Inocêncio defende o adiamento da revisão; campanha esvazia plenário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA AGÊNCIA FOLHA

As eleições de outubro comprometeram definitivamente a revisão constitucional. Os principais líderes do Congresso deixaram Brasília entre quinta-feira à noite e ontem pela manhã para cumprir compromissos eleitorais nos Estados. O presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), defendeu em Salvador (BA) o adiamento da revisão para o próximo ano. A proposta de adiamento foi feita pelo líder do PSDB, Artur da Távola (RJ).
Durante a sessão de ontem, o presidente do Congresso revisor, senador Humberto Lucena (PMDB-PB), reinaugurava uma agência do Paraiban em João Pessoa (PB), ao lado do candidato ao governo pelo PMDB, senador Antônio Mariz.
Inocêncio deixou Brasília às 7h30 de ontem. Foi à inauguração do hospital Sarah Kubitschek em Salvador, às 11h. No início da tarde partiu para Custódia (PE), onde tinha compromissos políticos. Ele disse que vai consultar o Supremo Tribunal Federal para saber se as emendas aprovadas podem ser promulgadas antes do encerramento oficial da revisão, marcada para o próximo dia 31.
O relator da revisão, Nelson Jobim (PMDB-RS), disse em Guarujá (SP) que o adiamento da revisão constitucional para 95 "é impraticável". Ele disse que isso provocaria uma crise "brutal" dentro do futuro Congresso.
Enquanto em Brasília o Congresso revisor não conseguia o quórum de 59 parlamentares para abrir a sessão, em João Pessoa, num pequeno comício, Lucena falava do esforço que fez junto ao governo federal para permitir a reabertura do Paraiban. Uma semana antes, ele anunciou que cortaria o ponto dos senadores que faltassem nas sextas-feiras. Ele viajou para a Paraíba na quinta-feira à noite.
A proposta de Arthur da Távola foi defendida ontem por várias lideranças partidárias. O líder do PMDB, deputado Tarcísio Delgado (MG), acha que esta decisão deve ser tomada na reunião de líderes com Lucena na próxima terça-feira.

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