São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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Vaticano volta a atacar Teologia da Libertação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Vaticano divulgou ontem um documento sobre interpretações da Bíblia, no qual afirma que a Teologia da Libertação é "comprometida" e que a leitura feminista pode ser "tendenciosa e discutível".
Elaborado sob coordenação do cardeal alemão Joseph Ratzinger, o documento –de 120 páginas– se propõe a indicar os "caminhos que convém tomar para se chegar a uma interpretação e atualização da Bíblia tão fiel como seja possível ao caráter humano".
Segundo o documento, uma leitura "tão comprometida" quanto a da Teologia da Libertação "provoca riscos". O texto diz que, apesar de ser impossível uma interpretação neutra, ela não pode ser "unilateral". Há críticas à "dimensão terrestre" dada à Bíblia, em detrimento de uma "transcendental".
O papa João Paulo 2º advertiu a ONU de que a Igreja Católica não pode aceitar programas que pretendam impor controle de natalidade e legitimar o aborto. Ele foi visitado por Nafis Sadik, secretária da Conferência da ONU sobre População e Desenvolvimento, que acontece no Cairo (Egito) em 95.

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