São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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'É uma safadeza histórica'

Leônidas Pires Gonçalves, nasceu em 1921 no Rio Grande do Sul. Era tentente-coronel em 1964 e servia no Estado-Maior do Exército com o general Castelo Branco. Entre 1981 e 1983 foi comandante militar da Amazonia, ocupando em seguida a vice-chefia do Estado-Maior do Exército já como general. Foi ministro do Exército no governo Sarney, passando para a reserva em 1986:

"A Revolução saiu sob pressão da sociedade civil. Não podemos esquecer isso. Tenho o hábito de repetir e, se não ouviram de alguém, vão ouvir pela primeira vez: acho que as Forças Armadas até hoje são ressentidas com a sociedade brasileira. Porque a sociedade brasileira nos levou, foi uma das responsáveis pela Revolução de 64, e hoje em dia a mídia não se cansa de nos jogar na cara que nós somos torturadores, que somos matadores, que somos isso, que somos aquilo. Esquecendo que todos esses movimentos são feitos por criaturas humanas. Acho que há muita injustiça. (...) Todo dia tem uma história, todo dia tem uma mentira. Isso nos deixou muito magoados. (...) Agora, o Exército intrigado pela mídia de esquerda, que faz dele um Exército de matadores, torturadores, isso é uma safadeza histórica. É uma safadeza histórica!".

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