São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Portuguesa começa confiante o 2º turno

DA REPORTAGEM LOCAL

Portuguesa começa confiante o 2.º turno
Técnico Fito Neves prevê que, com maior entrosamento, equipe ficará entre as 5 primeiras do campeonato
A Portuguesa estréia hoje no segundo turno, contra o Corinthians, de ânimo novo. Além de contar com a volta do ponta-direita Maurício, que estava suspenso, e do meia Cuca, afastado por mais de um mês devido a uma contusão, o técnico Fito Neves está confiante em poder realizar a partir de agora uma campanha melhor do que no primeiro turno, quando a equipe ficou na 10ª colocação.
O treinador disse esperar que, ao final do campeonato, sua equipe alcance a quarta ou quinta posição."No primeiro turno, enfrentamos vários problemas de contusão. Agora, com um maior entrosamento, vamos render muito mais."
Fito está tão confiante que prevê uma partida equilibrada contra o Corinthians. Ele lembrou que, no primeiro turno, sua equipe estava vencendo até a metade do segundo tempo, quando o adversário virou o placar. "Esse resultado foi por inexperiência nossa. Os erros daquele dia não deverão mais se repetir", falou. Sobre a defesa da Portuguesa –a pior do campeonato–, Fito disse que fez um levantamento e descobriu que a maioria dos gols tomados ocorreu em jogadas de bola parada. Ele disse que está realizando treinamentos específicos para corrigir essa falha.
O lateral-esquerdo Renato Martins, que veio do Vitória da Bahia por recomendação do treinador, até agora não assinou contrato com a Portuguesa. Segundo o vice-presidente de futebol, Elídio Lico, isso acontece porque o jogador se contundiu num de seus primeiros treinos no clube e só agora se recuperou. Enquanto a situação não se define, Fito Neves vem escalando na lateral o meia Zé Roberto, já que o antigo titular, Marcelo Veiga –que se destacou ao marcar três gols contra o Rio Branco, na sexta rodada– não atravessa boa fase técnica. Agora, Fito quer a contratação de Renato Martins para poder utilizar Zé Roberto, um jogador criativo, no meio-campo.
Dinei
O clássico de hoje tem um elemento sentimental a mais para o atacante Dinei. Pela segunda vez, desde que chegou ao Canindé, ele enfrenta a equipe em que se formou como jogador, o Corinthians. O atacante confessa: tem saudades dos amigos do Parque São Jorge.
"Comecei lá dentro, quando tinha 14 anos. Joguei no Corinthians até os 22. Foram oito anos de clube. Dá saudades", admite. O jogador deixou amigos dentro e fora do campo. "Muitas vezes, assisti aos jogos do Corinthians junto com a Gaviões da Fiel", lembra. "Mas o pessoal sabe que eu sou um profissional. Vencendo ou não, eles sabem que procuro o que é melhor para a minha carreira."
Ainda assim, Dinei confessa que a torcida corintiana é muito mais que um 12º jogador em campo. "Aquela torcida não existe. Dentro do Pacaembu, então, é como se ela empurrasse a bola com a mão. O barulho que os corintianos fazem é ensurdecedor."

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