São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 1994
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Voto distrital divide a mesa

DA REPORTAGEM LOCAL

Os quatro participantes do debate na Folha foram unânimes ao defender o voto obrigatório. "Voto é dever e não direito", afirmou Cláudio Lembo. O consenso deixou de existir quando o voto distrital misto entrou em pauta. O sistema foi defendido por Arnaldo Malheiros e atacado por Lembo e Roberto Freire. O ministro Sepúlveda Pertence criticou o modelo distrital e o proporcional e não chegou a se posicionar.
"Ainda sou um pouco perplexo frente a escolha entre o sistema proporcional e o distrital misto e, felizmente, não tenho que me decidir", observou Pertence. O ministro vê problemas nos dois modelos. "A combinação do sistema propocional brasileiro com o presidencialismo é o pior dos sistemas em razão da atomização dos partidos. Por outro lado, reconheço que o sistema distrital puro levaria à excessiva municipalização da política brasileira."
Freire sustentou que o voto proporcional permite a melhor representação de diferentes setores da sociedade. "O sistema distrital tende à bipolaridade", disse.
A defesa do sistema distrital misto foi feita por Malheiros. "As vantagens dos dois modelos podem ser combinadas e as desvantagens afastadas", disse.

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