São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994 |
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Porteira aberta; Pronta reação; Presença marcante; Calma à mesa; Ducha de água fria; Vozes do passado; Subindo o tom; Saída jurídica; De volta aos trilhos; Tirando o doce da boca
DE VOLTA AOS TRILHOS Porteira abertaA disposição do Congresso de votar hoje a medida provisória da URV –na tentativa de se chegar a um texto útil à superação da crise entre Poderes– deixou a equipe econômica apreensiva. Teme-se pela "desfiguração" da MP. Pronta reação O governo vai impetrar ação direta de inconstitucionalidade contra a incorporação de vantagens pessoais ao salário do funcionalismo. A incorporação foi garantida com a derrubada pelo Congresso do veto de Itamar ao dispositivo. Presença marcante A assessoria parlamentar dos ministérios militares no Congresso foi reforçada, ontem, com a presença de ex-assessores da área, hoje na alta oficialidade. Calma à mesa Sérgio Magalhães, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas, diz ter saído tranquilo de um almoço, ontem, com oito oficiais de alta patente do Emfa. "Eles me garantiram que as instituições serão preservadas." Ducha de água fria O Planalto decidiu engavetar a MP do Cisetão, que além de tratar do sistema de controle interno do governo, criaria gratificações para técnicos dos Ministérios da Fazenda e Planejamento. Assessores de Itamar não gostaram do que viram. Vozes do passado Em conversa com amigos, ontem, Collor voltou a alfinetar Itamar. Disse que o presidente não consegue evitar a disparada dos preços acima da inflação nem mesmo em áreas que disse serem suas prioridades, como remédios. Subindo o tom Delfim Netto (PPR-SP) diz que Itamar merece ser acusado de crime de responsabilidade ao "violar a independência dos Poderes". E mais: "Esperamos a mesma ação enérgica que a Procuradoria tem quando o assunto é ianomâmis." Saída jurídica O advogado Miguel Reale Jr. propõe uma saída para a revisão: diminuir o quórum para aprovação de emendas constitucionais a serem feitas em 95. O novo Congresso mudaria a Carta, sem os problemas jurídicos do adiamento. Bayma Denis, ministro dos Transportes, comunicou ao Congresso que Itamar assinará logo decreto mantendo o DNER em Brasília. A única obra da ex-ministra Margarida Coimbra vai sendo desfeita sem choro nem vela. Tirando o doce da boca Não só erros regimentais movem o grupo Novo Parlamento para tentar anular a sessão da Câmara que derrubou o veto de Itamar ao aumento de salários dos parlamentares. Ninguém quer deixar a correção de rumo para o Senado. Próximo Texto: No tapetão; Direito ao esperneio; Cobertura mineira; Mais um capítulo; No vídeo; Olho no olho; Visitas à Folha; TIROTEIO Índice |
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