São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994 |
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Médico linchado tinha fama de violento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA O médico Cláudio Marques de Almeida, 44, linchado em Salto do Lontra, estava há oito anos na cidade. Neste período, conquistou fama de violento, de "conquistador" e respondia na Justiça a um processo por ameaça de morte. Ele era conhecido também pelas atividades políticas de sua mulher, Ana Cagnin de Almeida, que foi candidata derrotada à Prefeitura de Salto do Lontra, em 1992, pelo PDC (Partido Democrata Cristão).Almeida respondia a processo por "ameaça de morte" a partir de denúncia da enfermeira Zeni Rodrigues Martins, que move ação trabalhista contra o hospital São Jorge –administrado por Almeida e sua mulher. Segundo Zeni, no dia 2 de março, Almeida, "inconformado por ter sido acionado judicialmente", foi até sua casa e a ameaçou matá-la. Zeni diz que Almeida teria afirmado "que agora vai ser na lei do 38", apontando um revólver para ela. Em depoimento à polícia, quando reconheceu Annechino e Heitor como os assassinos de Eronildes, a enfermeira Elenize Zimmer, 23, afirmou que Almeida assediava sexualmente Eronildes. Ela disse, embora não tenha cedido ao assédio, "Eronildes vivia com medo e pensava em esquecer o processo trabalhista". Durante todo o dia de ontem, os telefonemas da Folha ao hospital São Jorge, da família Almeida, não foram atendidos. Os corpos de Cláudio Almeida, Heitor Cagnin Filho e Rodolfo Annechino Neto foram levados para o Rio. Texto Anterior: Justiça absolve detetive acusada de matar nazista Próximo Texto: Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul 1; Mato Grosso do Sul 2 Índice |
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