São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994
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Qualidade total; Monopólios e a Folha; Por que pagamos impostos? Escola de Sociologia e Política; Bola, a nossa; Talento e desemprego; D. Aloísio; Esclarecimento público; A propósito

Qualidade total
"Como coordenador nacional do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, quero aplaudir a iniciativa da Folha em publicar a série sobre qualidade total. Os empresários brasileiros estão firmemente empenhados em uma revolução silenciosa a caminho de uma economia social de mercado que tenha a marca da competitividade. Resta ao Estado fazer sua parte: abrir mão dos monopólios, desregulamentar o mercado, privatizar suas empresas e revogar as anacrônicas reservas de mercado que ainda persistem. O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade age nessa direção."
Aílton Barcelos Fernandes, coordenador nacional do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (Brasília, DF)

"Em nosso Estado, governo e iniciativa privada estão empenhados em promover a educação para a qualidade."
Dagoberto Lima Godoy, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS)

"Que a Folha continue primando pela sua seriedade e seu compromisso com a sociedade brasileira."
Sávio Gabriel Felipe Quintão, presidente da União Brasileira para a Qualidade (Belo Horizonte, MG)

"Desejo cumprimentar a Folha e o Sebrae pela publicação dos fascículos sobre qualidade total."
José Knoplich, presidente da Associação Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

"A qualidade total é geradora de envolvimento e participação nos negócios e resultados. Inclusive para as pequenas e médias empresas."
Luiz Moura (Rio de Janeiro, RJ)

Monopólios e a Folha
"Editorial de 13/03, sob o título 'Linha certa', fazendo a apologia da privatização do sistema Telebrás e o combate ao monopólio estatal, me fez recorrer ao caderno Finanças do dia 6/03, onde Aloysio Biondi cita que a Parmalat recebe financiamento do povo paulista (através do Banespa) para comprar e fechar pequenos laticínios do interior, consolidando um oligopólio que paga CR$ 24,00 por litro de leite ao produtor, enquanto cobra CR$ 275,00 do consumidor. Nesta linha de raciocínio, quanto vai custar o uso do telefone quando estiver privatizado?"
Nilton Ricardo Lang (Marechal Cândido Rondon, PR)

Nota da Redação – A oposição da Folha a todo tipo de monopólio ou oligopólio, público ou privado, encontra-se consubstanciada no próprio editorial citado pelo leitor, quando afirma que "a necessidade de sobreviver em um ambiente competitivo é o melhor incentivo à eficiência que o homem jamais encontrou".

Por que pagamos impostos?
"Enquanto nós, pobres mortais contribuintes, vemos a nossa renda, patrimônio e esperança serem vilipendiados cada vez mais pelo 'leão' voraz, a caterva instalada em Brasília resolve legislar em causa própria, aumentando significativamente os já polpudos salários dos parlamentares e membros do STF. Por que pagamos impostos?"
Gilberto Luiz do Amaral, presidente nacional da Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte (Curitiba, PR)

"É com imensa ira, que com certeza compartilho com a grande maioria da população brasileira, e surpresa que vejo Legislativo e Judiciário aprovarem o reajuste de seus salários."
Alberto M. Danon (São Paulo, SP)

"Diferentemente de 1964, hoje está mais fácil fechar o Congresso Nacional. Naquela época, os parlamentares ainda davam expediente. Hoje, basta passar a chave e apagar a luz."
Curt Nees (Joinville, SC)

Escola de Sociologia e Política
"Estou certo de que no artigo de Florestan Fernandes publicado na Folha do dia 14/03, sobre a Escola de Sociologia e Política houve um erro ao afirmar que apenas 'na década de 60, alunos e alguns professores lutaram denodadamente por mudanças exigidas pela situação histórica', uma vez que em 1983, graças à luta, sobretudo dos estudantes, acompanhada por um pequeno grupo de professores da escola, houve uma intervenção do Ministério Público na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Reorganizou-se o Conselho Superior com professores e cientistas de renome internacional e de reputação ilibada. A nova Diretoria Executiva lutou para retomar não só a seriedade ética, mas também o projeto pedagógico voltado para a formação de quadros capazes."
César Nascimento ex-diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (São Paulo, SP)

Bola, a nossa
"O que estão fazendo com nossa bola? Será que o parreirismo zagalístico quer transformar o neolítico em pós-moderno? Duvido. É o medo que incorpora o comando técnico, esse medo das pequenas almas futebolísticas. Zagalo? O sonso, o nada feito se achando efeito do que jamais alcançaria e alcançará. Parreira? Pupiloteixeira que por onde anda não deixa marcas. Coloquem cinco, 11, 140 milhões. Coloquem não pelo caneco, não pela peça, mas pela pintura, pelos detalhes, pela genialidade que sucumbe a bola terra à nossa bola."
Walter Maldonado (Piratininga, SP)

"Apesar de não morrer de amores pelo nosso futebol tupiniquim, estou com Matinas Suzuki Jr. e não abro a mão de cinco atacantes. Até o Parreira acha que jogadas com cinco atacantes é uma arma poderosa! É só dar uma olhadinha na edição de 17/03: 'Parreira disse que foi importante ter assistido à partida (Egito e Camarões). Sobre a jogada mais perigosa: 'Não dá bobear. Eles chegam na área com quatro ou cinco jogadores...'"
Ailton Tenório (São Caetano do Sul, SP)

Talento e desemprego
"Muito oportuna a reportagem de Sergio Sá Leitão sobre os cinejornais exibidos na TV Manchete (TV Folha, edição de 20/03) e que dão verdadeiro show de imagens e edição, até hoje nunca alcançados por nenhuma emissora de TV. Mas justiça se faça ao trabalho de Francisco Torturra e Pompilho Tostes, os melhores cinegrafistas do mundo para filmagens de futebol. Torturra chega ao cúmulo de nunca olhar no visor da câmera, pois visualizava com a câmera acoplada no peito o ângulo exato, ao tempo em que acompanhava o lugar exato da caída da bola. Rafael Justo Valverde, é o outro gênio da edição. Hoje, estes profissionais amargam o desemprego na área onde imperavam sem limitações."
Walter Webb, cineasta (São Paulo, SP)

D. Aloísio
"O secretário regional da CNBB escreveu nesse Painel que 'toda a sociedade brasileira aplaude e solidariza-se com o pastor cearense'. Apesar da minha formação católica, embora hoje não mais praticante, não aplaudo e nem expresso solidariedade a d. Aloísio. Só lamento a fria em que entrou por se meter onde não era chamado."
Roberto Antonio Cera (Piracicaba, SP)

Esclarecimento público
"Que tal se a Folha enviasse a cada um dos possíveis candidatos à Presidência uma cópia do feliz artigo do jornalista Aloysio Biondi, 'O que está faltando para o Plano I-real' (Finanças, 20/03), sobre os 'lucrativos focos de inflação' e a órgia com o dinheiro do país e a miséria do povo brasileiro, solicitando, depois, a opinião escrita de todos eles a respeito da matéria?"
Bismael B. Moraes (Guarulhos, SP)

A propósito
"O túnel Maria Maluf e o aumento dos salários dos deputados federais fazem, mais que nunca, verdadeira a frase do Barão de Itararé: 'Para certos políticos brasileiros a vida pública é a continuação da privada'."
Jayro Eduardo Xavier (São Paulo, SP)

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