São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994 |
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Questão de hierarquia O ministro da Administração, Romildo Canhim, tornou-se definitivamente figura de proa junto ao grupo palaciano. Nesta semana, além de ser muito citado em função da crise entre os Poderes, ocupa ainda o papel de protagonista numa história contada aos quatro cantos para desanuviar o ambiente. Diz-se no Palácio do Planalto que o deputado Jair Bolsonaro (PPR-RJ) recentemente procurou Canhim em seu gabinete para reclamar do baixo soldo dos militares. Mal entrou, foi dizendo: – General, vim aqui em nome dos sargentos e das famílias dos sargentos reclamar do baixo salário que estão recebendo. A insatisfação é grande e eles estão em pé de guerra. Canhim ouviu a arenga sentado. Por fim, colocou-se de pé. Encarou Bolsonaro com expressão rigorosa e fulminou: – Já que o senhor me chamou de general, só tenho uma coisa a lhe dizer, capitão: eu não admito quebras de hierarquia. Está para chegar o dia em que capitão vem me trazer recado de sargentos. Bolsonaro deixou a sala, obediente como nos bons tempos de caserna. Texto Anterior: Moeda verde; Busca inicial; Fôrma imperfeita; Sem consenso; Definição próxima; Terceiro Quércia; Aviso prévio; TIROTEIO Próximo Texto: Comitê em São Bernardo arrecada CR$ 17,1 milhões contra a fome Índice |
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