São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Identifique as novas cores da F-1

FLAVIO GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Campeonato novo, é hora de se habituar a visuais igualmente novos. Você que se acostumou a ver Ayrton Senna vestido de vermelho nos últimos seis anos, ou aos carrinhos azuis e amarelos da Williams liderando corridas nas últimas três temporadas, deve reeducar a vista.
Senna, em 94, enverga macacão azul e branco. São as novas cores de sua nova equipe, a Williams, que trocou o patrocínio amarelo dos cigarros Camel pelos tons de outra empresa tabagista, a Rothmans. Só não mudou a qualidade. A Williams ainda tem o melhor carro do mundo e com ele Ayrton espera conquistar o quarto título.
Outros carros que nos últimos anos marcaram por sua programação visual estão totalmente diferentes no campeonato que começa domingo em Interlagos. É o caso da Benetton. A escandalosa combinação de verde, azul e amarelo foi trocada por tons quase pastéis de verde e azul claro, as cores do cigarro japonês Mild Seven.
A Minardi, que sempre foi branca ou preta, vem de laranja e azul. Os carros da Tyrrell, ex-azulões, são agora brancos.
A Footwork, equipe de Christian Fittipaldi, mudou de nome e cara. Voltou a se chamar Arrows e perdeu o vermelho e branco do conglomerado japonês que a patrocinava. O carro agora tem grafismos em azul e branco. A Larrousse, tradicional salada de cores tão díspares quanto o azul-marinho e o verde-água, simplificou seu visual para o verde predominante.
A Ferrari descartou a faixa branca introduzida ao longo de seu cockpit no ano passado e voltou a ser totalmente vermelha. Em compensação, rendeu-se às exigências de mercado e pintou um enorme Marlboro no aerofólio.
As novas equipes são fáceis de identificar. A Pacific tem um carro parecido com o da Benetton no projeto pintado de prateado. A Simtek, que até as vésperas do GP não tinha patrocínio, vai de máquinas roxas com um grande logotipo da MTV pintado nas laterais da tomada de ar.
Tais detalhes não são insignificantes na F-1. Acompanhar uma corrida, hoje, requer certa familiaridade com as cores. Pilotos de uma mesma equipe, por exemplo, só podem ser diferenciados por seus capacetes. Os números são muito pequenos. E, na F-1, capacete é algo que não muda.
Piloto que se preza usa o mesmo design desde o início dos tempos. O amarelo de Senna, por exemplo, foi criado na década de 70 por Sid Mosca, o pintor de capacetes mais requisitado do Brasil. Ao contrário da Indy, onde a cada ano patrocínios diferentes alteram a "assinatura" dos pilotos.
Os mais difíceis de distinguir serão os pilotos da Ligier. Eric Bernard e Olivier Panis, como bons franceses, usam variações do mesmo tema na cabeça: o azul, branco e vermelho da bandeira de seu país.

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