São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Bom preço nem sempre é um bom negócio

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Bom preço, necessariamente, não significa um bom negócio. Essa é a regra básica para quem quer viajar com economia. Pechinchar é mais do que importante quando o assunto é superdescontos em passagens aéreas internacionais (há uma diferença mínima de preços entre as agências de viagens que, às vezes, têm melhor negociação com determinadas companhias aéreas). Mas desconfie –e muito– quando eles superarem os 56%.
O motivo é simples. Sobre o preço oficial, algumas agências de viagens de pequeno porte, que têm poucos custos operacionais, repassam totalmente aos passageiros os descontos oferecidos pelas companhias aéreas (que oficialmente chegam a até 47%) e parte da comissão de vendas (que atualmente é de 9%). Resultado: ganham menos, mas vendem muito, muito mais. Só que não fazem milagres.
E, às vezes, algumas preparam pequenas armadilhas para os passageiros de primeira viagem. Para superá-las, Turismo traz, a seguir, passo a passo, o caminho para se comprar uma passagem aérea com segurança. Acompanhe.
Primeira etapa: a pesquisa de preços. Por telefone, selecione as melhores ofertas (veja algumas nesta página). Com a melhor delas na mão (lembre-se que o preço deve ser no dólar-Iata), cheque a conversão para cruzeiros reais (o câmbio Iata é informado por telefone pelas companhias aéreas –veja telefones no quadro ao lado). É neste momento que pode ser detectada a idoneidade da agência. Algumas informam câmbio falso.
Segunda etapa: a reserva. Nunca feche um negócio –nem mesmo desembolse um sinal– sem a reserva estar confirmada. Pense bem nas datas (de ida e de volta), e solicite, ainda por telefone, a confirmação das mesmas. Lembre-se que remarcações significam multas. Após a confirmação, solicite o código-localizador e cheque-o na companhia aérea.
Terceira etapa: o pagamento e o recibo. Só faça o pagamento contra recibo. Exija-o discriminado: rota, companhia aérea, tipo de tarifa, código de reserva. A agência, em média, terá o bilhete num prazo de 48 horas após a compensação do cheque do cliente. Se ele ultrapassar 72 horas, desconfie: certamente a agência está sem crédito junto à companhia aérea. (Patrícia Trudes da Veiga)

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