São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994 |
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A CRISE ENTRE OS PODERES 1- STF decide no dia 10 de março converter seus salários em URV com base nos valores nominais dos salários no dia 20, não no dia 30. Congresso segue o critério 2- Câmara derruba no dia 16 o veto de Itamar à equiparação dos salários dos congressistas e ministros de Estado aos dos ministros do STF, na Lei da Isonomia. Outros vetos foram derrubados, recriando altos salários no Executivo 3- Governo divulga cálculos preliminares segundo os quais o critério do STF representa US$ 2,1 bilhões este ano, ou aumento de 9% na folha de pagamento da União 4- Itamar se reúne com 13 ministros, entre eles todos os militares, durante três horas, e divulga nota criticando duramente o Congresso e o STF 5- Ministro Fernando Henrique Cardoso (Fazenda) diz que as decisões sobre os reajustes eram "sabotagem" ao plano e ao Brasil 6- Fernando Henrique envia aviso ao Banco do Brasil determinando o desconto de 10,94% da folha de pagamento do Judiciário, que já havia sido liberada com o reajuste 7- Ministros do STF mantêm critério de conversão e criticam "insultos grosseiros dirigidos à corte e a seus juízes" 8- Banco do Brasil paga salários do Congresso e do STF com o desconto de 10,94%, contrariando determinação do STF 9- Congresso e STF concordam em voltar atrás no critério de reajuste se o governo reeditar a MP 434, com nova redação, mas Itamar recusa acordo 10- Senado derruba aumento autoconcedido pela Câmara, que tenta anular sessão anterior do Congresso que recriou os "marajás" 11- Itamar se reúne com líderes e diz que emitiu nota contra os dois Poderes para evitar o "imponderável", referindo-se à insatisfação dos militares 12- Fernando Henrique diz que a solução para o impasse deve ser encontrada pelo Congresso Texto Anterior: Choque de Poderes poderia ter sido evitado Próximo Texto: "Mas Hargreaves, com um simples ato da mesa (diretora da Câmara) eu poderia ter revisto esse reajuste" Índice |
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