São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994 |
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Direto de esquerda
NELSON DE SÁ
Estava em todas as televisões, com imagens melhores no Jornal Bandeirantes. Não houve "troca de socos no plenário", uma descrição do TJ Brasil. O que houve, como mostrou o próprio TJ, além dos outros noticiários, foi que José Cicote partiu para cima do vice-líder do governo, que estava cercado, e acertou um direto de esquerda em seu rosto. Uma agressão, como descreveu o Jornal Nacional. Faltou dizer que foi covarde. Pequenez Itamar Franco é quem pediu. Ontem, o presidente da República foi ironizado sem freios na televisão. No TJ, em particular. Começou com a correspondente Mônica Waldvogel informando que "o presidente está extremamente satisfeito com o papel de durão" e prosseguiu com um dos comentários mais ácidos já feitos pelo âncora Boris Casoy. Entre outras coisas, o âncora disse que o presidente está "mostrando o topete" numa "briga infantil". "Olhe para os seus cabelos brancos", pediu Boris Casoy, argumentando que "o Brasil é muito grande para aguentar essa pequenez" do ex-prefeito da "aprazível Juiz de Fora". E finalizou: "Lembrem-se de 64." Obsessão Tem gente acreditando que Paulo Maluf ainda não se decidiu. No Rede Cidade, ontem, diziam que o prefeito paulistano está dividido entre ser ou não ser candidato. "Está meio a meio", arriscou o programa da Bandeirantes. Pode ser, em sua equipe. E com certeza Hebe Camargo e dois terços dos paulistanos querem que o prefeito continue prefeito até o fim do mandato. Mas Paulo Maluf, que investiu tanto no último ano, sonha com um orçamento novo. "Por que essa insistência em ser presidente, doutor Paulo?", perguntou ontem, provocativo, o Jornal da Manchete. Maluf parou, pensou e revelou muito mais do que simples insistência: "Quem não tem um sonho não merece viver." Texto Anterior: Aristides diz que corte nos salários do Judiciário é inconstitucional Próximo Texto: Parlamentares ganham 300 URVs a mais Índice |
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