São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994 |
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Parreira reabre a disputa no ataque
MÁRIO MAGALHÃES; FÁBIO GUIBU
O desempenho dos jogadores Muller e Mozer na vitória de 2 a 0 contra a Argentina, anteontem, reabriu a disputa no ataque e na defesa da seleção. O técnico Carlos Alberto Parreira disse que três atacantes (Bebeto, Romário e Muller) e três zagueiros (Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Mozer) brigam por duas vagas no ataque e duas na zaga. O treinador gostou das atuações de Muller e Mozer. O primeiro jogou toda a partida e participou dos dois gols marcados por Bebeto. O outro substituiu Ricardo Gomes no segundo tempo, quando os argentinos foram ainda mais impotentes ofensivamente. Há três semanas, Parreira dissera que Bebeto e Romário seriam os dois atacantes na Copa. "Hoje não posso mais dizer isso. A tendência continua sendo essa, mas pode mudar devido à grande forma do Muller. Sinto-me feliz por saber que a equipe não depende apenas de um atacante." O técnico considerou Mozer "bom, tranquilo e seguro". Acha que Ricardo Gomes foi prejudicado por uma contusão no joelho esquerdo. Mozer não disputou as eliminatórias no ano passado porque preferiu ficar em Portugal, onde processa um jornal que publicou reportagem afirmando que o jogador é portador do vírus HIV. A lista dos convocados para o Mundial só será definida no dia 10 de maio, reafirmou Parreira. Ele anunciou a volta do goleiro Taffarel, dia 20 de abril contra o Paris Saint-Germain. Afirmou que pode convocar Aldair ou Márcio Santos no lugar do zagueiro Cléber, mas que ainda não decidiu. Parreira deu nota 10 ao meia Raí, que jogou o primeiro tempo. "Em quatro jogadas brilhantes ele mostrou que não esqueceu seu grande futebol. Pareceu fora de ritmo, de forma física. Mas vamos recuperá-lo. O mais importante ele provou: resistiu às pressões." Para Parreira, a equipe do primeiro tempo foi melhor do que a do segundo, que teve cinco mudanças: Mozer no lugar de Ricardo Gomes; Leonardo no de Branco; Mazinho no de Dunga; Rivaldo no de Raí; e Ronaldo no de Bebeto. O técnico acha que Rivaldo foi "fogoso, precipitado em algumas bolas", devido à juventude. Disse que Branco e Leonardo se equivaleram. Que Mazinho jogou bem a está quase assegurado entre os 22 jogadores da Copa. E que Ronaldo atuou poucos minutos, apenas para estrear na seleção. Elogiou Cafu, mas seu lateral-direito titular é Jorginho. Na esquerda, não pensa em tirar Branco. Costuma se referir a ele como "o meu lateral". Para Parreira, o time já percorreu 50% do caminho até ficar como quer. A comissão técnica recebe até a semana que vem relatório do "espião" que assistiu anteontem à partida entre Rússia (primeiro adversário do Brasil no Mundial) e Eire. Antes do começo dos treinos, dia 17 de maio, a seleção fará dois amistosos: dia 20 contra o PSG, na França, e em 4 de maio contra a Islândia, em Florianópolis (SC). Texto Anterior: "Não quis responder a Romário", diz Muller Próximo Texto: Raí recebe elogios e diz que superou má fase Índice |
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