São Paulo, sábado, 26 de março de 1994
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Milhares acompanham enterro de Colosio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O corpo de Luis Donaldo Colosio, candidato governista à Presidência do México assassinado há dois dias, foi enterrado ontem em Magdalena, sua cidade natal, no noroeste do país.
Milhares de pessoas acompanharam o caminho de mais de 80 km entre o aeroporto de Nogales e o cemitério. Ontem, o presidente Carlos Salinas de Gortari decretou mais um dia de luto oficial.
Após o assassinato de Luis Donaldo Colosio, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) ainda não definiu quem será seu candidato à Presidência do México.
Entre os quatro nomes sobre os quais há especulação, o mais cotado é o do ex-ministro da Educação Ernesto Zedillo, chefe da campanha de Colosio.
Apesar de ter negado que vá concorrer à Presidência, o outro forte candidato é o negociador do governo junto ao Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), Manuel Camacho Solís.
O secretário (ministro) da Fazenda, Pedro Aspe, tem um problema: não pode cumprir a exigência constitucional de desincompatibilização do cargo seis meses antes da eleição, que acontece em menos de cinco meses.
O presidente do PRI, Fernando Ortiz Arana, é pouco conhecido e parece estar distante do presidente Carlos Salinas de Gortari, segundo o jornal "Reforma".
O Senado mexicano aprovou anteontem emendas constitucionais que abrem caminho para uma ampla reforma no sistema eleitoral.
Partido Revolucionário Institucional (PRI) é acusado de permanecer no poder pelos últimos 65 anos por meio de fraudes.
Agora, os partidos políticos não participam mais das decisões tomadas pelo Instituto Eleitoral Federal (IFE).
O IFE terá participação de civis sem ligações com partidos, acabando com o domínio que o PRI mantinha sobre o órgão. A reforma eleitoral foi uma das principais exigências dos zapatistas.

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