São Paulo, domingo, 27 de março de 1994
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Bancada feminina do Senado pode triplicar

Quatro deputadas e duas ex-prefeitas podem ser eleitas

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Senado pode ganhar uma cara mais feminina a partir da próxima eleição. Pelo menos quatro deputadas federais e duas ex-prefeitas disputam vagas naquela Casa com chances de vitória. Das 81 cadeiras do Senado, apenas três são ocupadas por mulheres.
As outras duas sendoras são Júnia Marise (PRN-MG) e Marluce Pinto (PTB-RR). Ambas ainda têm quatro anos de mandato. A primeira mulher a chegar ao Senado foi Eunice Michiles, em 1983, pelo PDS do Amazonas. Para a próxima eleição, o PT tem o maior número de candidatas. Duas delas são de São Paulo –a ex-prefeita paulistana Luiza Erundina e Telma de Souza, ex-prefeita de Santos. Erundina tem chances de se eleger, segundo pesquisas.
Para o PT, Telma tem um bom trunfo –seu desempenho na administração santista – para também se eleger. No Rio, a deputada Benedita da Silva (PT) lidera as pesquisas. Em Santa Catarina, a deputada Luci Choinakhi (PT) disputa em uma coligação que inclui PSDB e outros partidos.
No PSDB, a deputada Rose de Freitas pretende concorrer ao Senado pelo Espírito Santo. Tem chances de se eleger. Outra candidata é a deputada Marilu Guimarães (PFL-MS), que lidera as pesquisas em seu Estado. A ex-prefeita de Natal (RN) Wilma Faria (PSB) também pode concorrer.
"O Senado é visto como um espaço de anciãos. A cultura feminina não faz parte dele", diz Benedita. "A presença de tantas mulheres mudará o Senado", afirma. "Para a democracia, é muito importante que se amplie a bancada feminina", declara Marilu.(Emanuel Neri)

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