São Paulo, domingo, 27 de março de 1994
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Rio do Norte investiu US$ 70 mi apenas em 89

ABNOR GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Detentora de uma área de 149 mil hectares no oeste do Pará (800 km de Belém), a Mineração Rio do Norte (MRN) está corrigindo erros do passado. Não teve, em 1979, um início tão exemplar quanto o da CVRD em Carajás, apesar de a estatal ser sua maior acionista, à frente de empresas estrangeiras e de outra nacional.
Durante dez anos, a empresa despejou rejeitos da lavagem da bauxita (minério utilizado para a produção do alumínio) no lago Batata –poluindo toda a área. Para contornar o desastre ambiental, a MRN investiu US$ 70 milhões em 1989, transferindo para a mina a lavagem do minério.
Foi mais além. Passou a replantar com espécies nativas da Amazônia as áreas exploradas. "Já temos 700 hectares reflorestados. A floresta voltou a ser como era antes da nossa intervenção", disse o gerente de Segurança, Meio Ambiente e Qualidade da MRN, Reginaldo Lapa.
Ibama
A empresa ainda firmou convênio com o Ibama para apoio técnico-científico e financeiro destinado à preservação das áreas da reserva biológica do Trombetas (355 mil hectares) e da Floresta Nacional do Saracá-Taquera (429,6 mil hectares). "Campanhas periódicas de conscientização sobre meio ambiente são realizadas nas comunidades e nas escolas", afirma Lapa.
Os exemplos de Carajás e do Trombetas se espalharam pelo Pará. As fábricas de alumínio e alumina da Albrás e da Alunorte, localizadas em Barcarena (a 40 km de Belém), se tornaram as maiores fornecedoras de mudas do Médio Tocantins.
Por pressão de Organizações Não-Governamentais (ONGs), o projeto Caulim, da Rio Capim Química S/A, no nordeste do Pará, foi submetido a três audiências públicas antes de ser aprovado. "A legislação é sábia para impedir novos danos ambientais, como ocorreu com o lago Batata, no Trombetas", diz o secretário de Meio Ambiente, Nélson Ribeiro. (Abnor Gondim)

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