São Paulo, domingo, 27 de março de 1994 |
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Albano sai e Amato assume liderança da CNI
FRANCISCO SANTOS
Caso Albano se eleja, Amato ficará no cargo até outubro de 95, quando ocorrerão novas eleições na entidade. Será a primeira vez que uma liderança paulista assume a direção da principal entidade representativa do setor industrial do país por um período tão longo. Antes, Mário Garnero assumiu em 1982, quando Albano se candidatou ao Senado, e o próprio Amato assumiu em 1990, na reeleição de Albano. Mesmo que ganhe a eleição, já está decidido que Albano volta à CNI no final do ano, renunciando em janeiro. A permanência de Amato até as próximas eleições da entidade seria também a primeira vez desde 1968 que um empresário de fora do Nordeste assumiria a presidência da CNI não-interinamente. Os três últimos presidentes foram Thomas Pompeu de Souza Brasil Netto (68-77), do Ceará, o paraibano Domício Velloso da Silveira (77-80) e o próprio Albano, no cargo há 14 anos. O longo predomínio do Nordeste no comando da CNI se explica pelo sistema eleitoral da entidade, onde cada uma das 27 federações estaduais corresponde a um voto, sem distinção de tamanho. A Fiesp, que comanda mais da metade do parque industrial do país, tem o mesmo peso que a Federação das Indústrias de Roraima. Entre os que acompanham o dia a dia da CNI, ninguém acredita que após o mandato tampão de Amato a entidade não volte a ser dirigida por um nordestino. Por enquanto, o candidato mais cotado é o atual 1º tesoureiro da casa, Fernando Luiz Gonçalves Bezerra, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte. Na disputa eleitoral que já corre nos bastidores, o catarinense Osvaldo Moreira Douat é considerado a mais forte opção não-nordestina, embora o mineiro José Alencar Gomes da Silva e o brasiliense Antônio Fábio Ribeiro, sejam também tidos como candidatos fortes. Texto Anterior: Acusados pela CPI estão na Comissão Índice |
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