São Paulo, domingo, 27 de março de 1994 |
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Programa formal é descartado
PATRICIA CLOUGH
Occhetto não é estadista nem estrategista, é dado a mudanças radicais em suas posições. Desperta grande afeto entre os seus, mas não tanto sua admiração. Ele não possui qualquer carisma, às vezes provoca profundo desânimo em seus correligionários e não é visto como possível primeiro-ministro. No entanto, foi ele quem insistiu para que o partido mudasse de nome e se livrasse de sua herança comunista, bem antes da queda do Muro de Berlim. Foi também ele quem manteve a coesão do partido em sua jornada em direção ao centro político. Ochetto convenceu os partidários a aceitar uma política econômica rigorosa, presidiu sobre as vitórias do ano passado nas eleições locais e está liderando uma aliança que é mais harmoniosa do que a formada pela direita. Achille Occhetto se vê como se fosse uma espécie de Cristóvão Colombo, pois está sempre avançando em direção a um novo mundo. E, à sua própria maneira desengonçada, pode acabar chegando lá.(PC) Texto Anterior: Referendos são base de força Próximo Texto: O magnata das comunicações Índice |
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