São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994
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Estatais partem para a abertura do capital

DA SUCURSAL DO RIO

Além das empresas federais do sistema Eletrobrás, pelo menos três concessionárias estaduais do setor elétrico já iniciaram processos de privatização, segundo disse José Luiz Alqueres em palestra na semana passada em Londres. São elas a Cemat, do Mato Grosso, a Ceron, de Rondônia, e a Celtins, de Tocantins.
Alqueres disse também que além da Cesp (SP) e da Cemig (Minas), que já negociam seus papéis em bolsas até do exterior, estão abrindo seus capitais a Eletropaulo (SP), CPFL (também paulista), a Celesc (Santa Catarina), a Enersul (Mato Grosso do Sul), a Celg (Goiás) e a Saelpa (Paraíba).
O passo seguinte, foi o decreto nº 915, que permitiu o surgimento de consórcios de auto-produtores. Isso permitirá a associação de um grupo de interessados em fazer uma usina para usar parte da energia e vender o restante.
Em seguida, o decreto 1.009 criou o Sintrel (Sistema Nacional de Transmissão Elétrica), o órgão federal que fará a ponte entre os vários distribuidores de energia. E o último passo foi a flexibilização tarifária.
Em 21 de fevereiro deste ano a ação da Eletrobrás valia 34% do valor patrimonial e a média do setor elétrico havia saltado para 72%. Alqueres atribui o avanço modesto das ações da Eletrobrás, comparado com a média do setor, às indefinições sobre o que será privatizado da estatal. "O investidor teme ficar com um mico na mão se forem vendidas todas as subsidiárias", disse.

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