São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994
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Irvine erra, tira três da prova e é punido

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O irlandês Eddie Irvine, da Jordan, foi considerado culpado pela direção da prova pelo acidente que envolveu quatro carros no final da reta Oposta durante a 36ª volta.
Irvine foi suspenso da próxima prova, o GP do Pacífico, que será em Aida (Japão) em 17 de abril, e multado em US$ 10 mil.
A Jordan apelou da decisão, através do Automóvel Clube Irlandês, entidade à qual o piloto é filiado. Não há previsão de data para o julgamento do recurso.
Irvine estava em 8.º lugar e era pressionado pelo holandês Jos Verstappen, da Benetton.
O irlandês deu-lhe uma fechada. Verstappen desviou e, quando suas rodas tocaram a grama, ele perdeu o controle do carro.
A Benetton voou sobre Irvine, levando de roldão, ainda, a Ligier do francês Éric Bernard, retardatário, e a McLaren do britânico Martin Brundle. Todos saíram da prova.
O irlandês, para a direção da prova, "realizou uma manobra muito perigosa, resultando na colisão de quatro carros".
Verstappen disse que Irvine, provavelmente, não o havia visto. "Ele entrou à esquerda e é estranho, nessa situação, que um piloto não olhe o retrovisor", afirmou o holandês, que escapou ileso, apesar de sentir dores no pescoço.
O piloto da Benetton afirmou ter sentido que seu carro foi tocado pela Jordan.
O diretor da Jordan, Eddie Jordan, não quis comentar o acidente, mas disse que "é coisa normal de corrida". O dirigente estava mais interessado em falar do sucesso da corrida de Barrichello.
"Ficamos atrás, apenas, da Benetton, da Williams e da Ferrari. Estou satisfeito. Além disso, as duas paradas no boxe foram rápidas."
Irvine colocou a culpa, indiretamente, na Ligier de Bernard. "Eu estava me aproximando da Ligier rapidamente, quando, de repente, ele tirou o pé, muito antes do que eu esperava. Só havia duas opções -encher a traseira dele ou desviar. Não vi a Benetton à minha esquerda porque meu espelho retrovisor estava fora do lugar."
Martin Brundle estava em sétimo quando foi envolvido na colisão. Ele disse que não se lembrava do acidente, mas mostrou seu capacete quebrado como prova da violência da batida. Brundle se dirigia ao boxe quando foi atingido.(EA e AFt)

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