São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994 |
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Serviços grátis respondem a dúvidas sexuais
GABRIEL BASTOS JUNIOR
Alguns serviços são totalmente gratuitos. Outros cobram taxas em casos de consultas pessoais. O preço é sempre negociável, de acordo com que o cliente possa pagar.(veja a lista abaixo) Só o Disque Adolescente, da Secretaria de Estado da Saúde São Paulo, atende uma média de 20 chamadas por dia. O adolescente está preocupado e, muitas vezes, não tem com quem falar. Entre as meninas, os temas que geram mais dúvidas são gravidez, período de menstruação e fertilidade. Meninos ficam mais encanados com o tamanho do pênis. Comuns a ambos os sexos são as questões sobre Aids e anticoncepcionais (veja a lista das perguntas mais comuns –e suas respostas– abaixo). O diálogo em casa é importante, mas nem sempre é suficiente. Valéria Galvão, 18, diz que tem liberdade para falar de tudo em casa, "mas tem coisas que não consigo conversar com meus pais", admite. "Converso com a minha mãe dentro do possível", diz Celli Ribeiro, 19. Mas ela também fica inibida de tocar em assuntos "mais íntimos". Neste caso, normalmente recorre a amigas. Profissionais de orientação sexual consideram esta prática arriscada. Segundo Mônica Pugliese, 30, psicóloga-coordenadora do serviço SOSex-Helpline, do Instituto Kaplan, tirar dúvidas com amigos pode ser catastrófico. "Muitas vezes o outro não sabe a resposta, mas arrisca um palpite para não ficar mal." Renato de Ávila Viana, 18, diz que conhece e aplica o básico para não correr riscos. Mas quer continuar aprendendo com seus relacionamentos. "Quando chega a hora, é importante transmitir segurança", acredita. Próximo Texto: Escola deve dar orientação Índice |
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