São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994
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Grande SP tem cemitério especial

DA REPORTAGEM LOCAL

O Cemitério Parque de Animais Jardim do Amigo, em Itapevi (Grande São Paulo), tem 20 mil m2 devotados ao "repouso tranquilo" dos animais de estimação –sejam cães, gatos, coelhos, aves ou cobras. Fundado em novembro de 1993, sete animais já foram enterrados no Jardim do Amigo, todos cães e gatos.
A idéia de criar um cemitério de animais em São Paulo partiu da argentina Adriana Kreuzer, 39, durante visita à cidade. "Constatei que não havia nada semelhante em São Paulo", diz Adriana, que administra há quase dez anos um cemitério do gênero em Buenos Aires.
Na capital argentina, diz, o "Jardin del Amigo" tem 6.000 animais enterrados –cães, gatos, tartarugas, lebres, papagaios, galinhas e até pôneis. Em São Paulo, Adriana teve que construir o cemitério em Itapevi, segundo ela, por empecilhos criados pela prefeitura da capital.
Os sete túmulos –ou "espaços", como prefere a dona do cemitério, para acentuar seu caráter de "parque arborizado e florido"– guardam algumas histórias trágicas. Como a da gata Marilyn Amour, que morreu aos dois anos ao cair do 16º andar de um prédio na Bela Vista (região central).
A gata Panky, vítima de problemas intestinais, morreu em novembro do ano passado –ocupa o "espaço" mais antigo do Jardim do Amigo. "Sem saber o que fazer com Panky, sua dona chegou a guardá-la um dia na geladeira de casa até descobrir o cemitério", diz Hilda Calin, administradora do jardim.

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