São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994
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Preferido de Parreira, Nielsen deve ser cortado

DA SUCURSAL DO RIO

O técnico Carlos Alberto Parreira defendeu ontem a permanência do preparador de goleiros Nielsen Elias como o melhor para a seleção brasileira. É a primeira crise do ano na seleção.
Nielsen está virtualmente fora da comissão técnica por decisão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. Não há confirmação oficial da saída de Nielsen. Teixeira prometeu dar entrevista hoje.
O afastamento de Nielsen criou grande mal-estar. Ele é amigo de Parreira, com quem trabalhou no Oriente Médio e no Fluminense. O técnico o indicou para a seleção.
"Quem escolhe os membros da comissão técnica é o presidente", afirmou Parreira. "Mas é claro que a três meses do Mundial é bom não mexer."
O treinador negou que o motivo da saída seja técnico: "Nielsen já provou que é um excelente profissional. Foi grande responsável, por exemplo, pela recuperação de Taffarel (titular da seleção)."
O mais cotado para substituir Nielsen é o ex-goleiro Cantarelle, treinador de goleiros do Flamengo. Ricardo Teixeira teria decidido afastar Nielsen devido a críticas sobre "centralização excessiva de poderes na CBF".
Nielsen afirmou ontem que só sabe da crise "pela imprensa". A última vez que acompanhou a seleção foi em setembro do ano passado, nas eliminatórias do Mundial.
Contra México, Alemanha e Argentina, amistosos posteriores, não viajou com a delegação. Saiu do Fluminense e hoje trabalha no Barra Clube, da segunda divisão.
Desde que assumiu a equipe, há dois anos, é a primeira vez que Parreira discorda publicamente de Teixeira. Mesmo quando o dirigente vetava Moraci Sant'Anna como preparador, Parreira calava.

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