São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994 |
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PFL e PSDB agora buscam atrair o PPR
GILBERTO DIMENSTEIN; TALES FARIA; LILIANA LAVORATTI
"Se o Maluf era problema, esse problema não existe mais. Agora, nosso partido não aceita posar de oferecido. Mas evidentemente estamos abertos, caso sejamos procurados pelo PSDB", disse ontem o presidente do PPR, senador Esperidião Amin (SC). O secretário-geral do PSDB, Sérgio Motta, e o senador José Richa (PSDB-PR), defendem que o PSDB tome a iniciativa. O PFL ficou entusiasmado com a desistência de Maluf. "Abre espaço para a ampliação da coligação entre PFL e PSDB, agora incluindo o PPR", disse o líder do PFL no Senado, Marco Maciel (PE). Mas o PFL não abre mão, até aqui, da vice-presidência. FHC disse ontem que o PSDB está "analisando as conveniências sem espírito armado e sem vetos". O senador do PPR, Jarbas Passarinho (PA), também vê com "simpatia" uma aliança em torno de FHC: "Talvez seja a hora de se pensar uma chapa de união nacional realmente capaz de governar." A aproximação com o PPR, no entanto, deve causar nova polêmica no PSDB. "Com o PFL, eu acho correto, mas com o PPR já é demais. Vamos dar motivos aos nossos adversários para chamarem FHC de o candidato da direita", afirma o deputado Maurílio Ferreira Lima (PSDB-PE). Segundo o deputado José Anibal (PSDB-SP), "se em estados como Maranhão e Rio Grande do Sul essa aliança até seria bem-vinda, em outros estados, como São Paulo, traria problemas para o PSDB". Mas, mesmo em São Paulo, Anibal vê uma vantagem: a aliança atrapalharia um possível acordo entre Maluf e o provável candidato do PMDB, Orestes Quércia. Texto Anterior: PPR tenta convencer Passarinho ou Amin Próximo Texto: Itamar pressiona por Garcia Índice |
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