São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994 |
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Safra nordestina cresce 89%
FÁBIO GUIBU
Essa previsão, no entanto, não significa uma expectativa de supersafra na região. "Ocorre que no ano passado a produção foi péssima em função da seca", diz o gerente de avaliação de safras da Conab, Eledon Oliveira. A melhor colheita dos últimos seis anos aconteceu em 91, quando a região produziu 5,7 milhões de toneladas de grãos. Na época, foram plantados 8,2 milhões de hectares. No ano passado, em 6,2 milhões de hectares, os agricultores do Nordeste colheram apenas 2,63 milhões de toneladas. Para esta safra, a expectativa é de que a área plantada aumente para 8,3 milhões de ha, a mesma de dois anos atrás. A produção deve superar a de 92 em cerca de 1,1 milhão de toneladas. Segundo a Conab, os Estados do Maranhão, Piauí e Bahia deverão responder por 74% da produção prevista para a região neste ano. Nesses locais –principalmente no Maranhão e no Piauí–, o regime de chuvas tem favorecido as lavouras. O feijão, o arroz e o milho deverão ser os produtos com maior destaque na atual safra nordestina. No Maranhão, a produção de arroz deverá saltar de 534 mil toneladas em 93 para 768 mil toneladas este ano. A produção esperada de milho no Estado é de 376 mil toneladas. No ano passado foram colhidos apenas 197 mil toneladas. A expectativa de uma boa colheita também acontece na Bahia. A soja vem conquistando espaço. Em Barreiras, a produção do grão pode chegar neste ano a 794 mil toneladas. A exceção no Estado, segundo a Conab, é Irecê. A região, responsável por 15% da produção nacional de feijão em 93, teve 98% de suas lavouras da primeira safra destruídas pela seca. Nos demais Estados, a produtividade, que é a relação entre a quantidade de produto colhido por hectare plantado, deve aumentar. No Ceará, por exemplo, a média de produtividade do milho deverá saltar de 68 quilos por hectare em 93 para 500 quilos por hectare este ano. Texto Anterior: Para Conab, colheita pode ser até maior Próximo Texto: Preço médio deve ser superior ao de 93 no primeiro semestre Índice |
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