São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994
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Livre para cobrar; Chopp no vizinho; Fatia do mercado; Razão da dispensa; Indústria chia

Livre para cobrar
O governo britânico suspendeu o controle de preço da Durex, que monopolizava o mercado de camisinhas.
A marca, que tinha 95% do mercado no início dos anos 80, quando o controle foi introduzido, reduziu sua participação a 75%.

Chopp no vizinho
A Brahma se prepara para entrar na Venezuela, e consolida sua posição na Argentina, onde vai construir uma fábrica de grande porte.

Fatia do mercado
A Brahma adquiriu 51% das ações com direito a voto da Companhia Anônima Cervecera da Venezuela, que detém 6% do mercado venezuelano.

Razão da dispensa
O Citicorp vai demitir 300 pessoas da divisão de cartão de crédito nos EUA, como parte do programa de redução de custos.
Eles estariam ociosos com a queda de operações delinquentes.

Indústria chia
Antenor de Barros Leal, da Abitrigo, critica proposta do ministro Guazelli, de aumentar a tarifa de importação do trigo.
A primeira consequência é o aumento do preço do produto argentino, que não tem imposto de importação, diz.

No armazém
Segundo Leal, o efeito a médio prazo dessa medida é a estocagem pelas tradings, até setembro.

Problema de comunicação
O governo vai enfrentar um dilema na hora de comunicar a introdução da nova moeda, prevê Carlos Luque, presidente da Ordem dos Economistas de São Paulo.
A dificuldade será preparar a sociedade para a inflação residual, que ele prevê em 4% ao mês.

Decisão difícil
Segundo Luque, se o governo deixar passar a impressão de que a inflação vai acabar, corre o risco de decepcionar a sociedade.
Caso contrário, se admitir que a inflação não será extinta, pode causar incertezas que comprometeriam contratos de longo prazo.

Tigre inesquecível
Luque lembra o desastre de comunicação do Plano Collor. A meta de inflação zero frustrou o que poderia ser uma vitória: a derrubada da inflação de 84% para 3%.

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