São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994
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30 anos depois; Constituinte exclusiva; Eleições na Unicamp; Habitação; Crime e castigo; Poupança e isonomia; Gurgel; Caipiras e sertanejos; Gols da crônica;

30 anos depois
"O caderno especial sobre o golpe de 1964 foi primoroso. As excelentes entrevistas, as pesquisas e a abordagem imparcial tornaram-no uma peça para coleção. A crise de hoje é decorrente daquele regime. Os problemas econômicos, sociais e morais não mudaram muito. Hoje ao menos podemos discuti-los através da imprensa."
Marcus Abreu de Magalhães (Brasília, DF)

"Gostaria de parabenizar os profissionais desse jornal que conseguiram mostrar um pouco da hipocrisia da nossa história política nas décadas de 60, 70 e 80 no ótimo caderno especial 30 Anos Depois. Contudo, há uma frase que eu esperava ver na galeria: 'Dei ouro para o bem do Brasil'."
Edna Macedo (São Paulo, SP)

"Comemorar nunca, lembrar sempre, mesmo porque até hoje não se sabe se aconteceu em 31 de março ou em 1º de abril. Não se sabe também se foi revolução, golpe de Estado ou quartelada. Nada disso importa. O que importa é que foi um dos períodos mais negros da nossa história recente."
Jurcy Querido Moreira (Guaratinguetá, SP)

"Sobre a matéria da Folha de 20/03 'Militares não tinham projeto em 1964', o jornal dedicou um texto a trechos do depoimento do general Octávio Costa, um dos 12 depoentes que constam do livro 'Visões do golpe' recém-lançado. Os organizadores do livro gostariam de lembrar que os trechos selecionados fazem parte de uma reflexão que esse general desenvolve no sentido de ressaltar as qualidades morais e intelectuais do general Castello Branco, a despeito de sua feiúra física. A posição do general Octávio Costa a esse respeito pode ser aferida às págs. 84-88 do referido livro."
Maria Celina D'Araújo, Gláucio Ary Dillon Soares e Celso Castro, pesquisadores do Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

Constituinte exclusiva
"Gostei da coluna de Clóvis Rossi de 30/03. Quero dizer que o seu clube já tem três membros, pois desde o dia 20 de janeiro venho criticando a atual revisão e propus a revisão exclusiva."
Marcos Cintra, vereador (São Paulo, SP)

Eleições na Unicamp
"Na primeira votação para Reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ao aproximar-se do local onde estavam as urnas, fui confundido e tomado como funcionário. Uma aglomeração ameaçadora de funcionários, com o crachá de campanha do candidato oficial, dr. Martins, cercou-me exigindo-me declaração de voto. Como a resposta foi 'O voto é secreto', e não coincidiu com sua expectativa, fui ameaçado aos berros: 'O homem já está eleito, vamos conversar com seu chefe e você verá', 'Espere para ver' e outros enunciados do mesmo naipe. Fiz conhecer minha posição de professor, indignado e com revolta. Tais ocorreências devem se banidas da universidade. Funcionários não devem ser usados como cabresto, nas eleições e no cotidiano. Professores e alunos não podem ser assediados, impedidos de pensar, o que deles esperam, justamente, os contribuintes e o Estado."
Roberto Romano, professor de filosofia da Universidade Estadual de Campinas –Unicamp (São Paulo, SP)

Habitação
"A carta do sr. José R. Palladino, em nome da Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo (Sehab), publicada em 14/03, não condiz com a realidade. Conforme notificação judicial que tramita perante a 11ª Fazenda Pública de São Paulo (processo 1.011/93), os mutirões das associações de 26 de Julho 1, 26 de Julho 2 e 26 de Julho 3 notificaram a prefeitura da existência da prestação de contas, inclusive com certidão de Habi, o setor técnico, das contas prestadas ao município. Se a Sehab fizer tanta casa como conta histórias, já teria acabado o déficit habitacional da cidade."
Rildo Marques de Oliveira, advogado da Associação em Defesa da Moradia (São Paulo, SP)

Crime e castigo
"Antônito, leio diariamente as notícias sobre violência na cidade de São Paulo, constando, contudo, a simples divulgação dos fatos, sem a notícia do resultado do processo a que foram submetidos os infratores, o que gera uma falsa sensação de impunidade."
Carlos Carmelo Nunes (São Paulo, SP)

Poupança e isonomia
"Apreciei muito o oportuno artigo publicado em 1/03, sob o título 'Cadernetas de poupança e isonomia', da autoria do eminente advogado dr. Ruy Martins Altenfelder Silva."
Samuel Leonardo Ring (São Paulo, SP)

Gurgel
"É de estrema tristeza que a falência da Gurgel tenha ocorrido sem que houvesse uma liderança, seja do governo ou de empresários, e garantindo o desenvolvimento desta empresa."
Joaquim F. C. Neto (São Paulo, SP)

Caipiras e sertanejos
"No confuso artigo publicado na edição de 26/03, sob o título 'Série prova que caipiras eram urbanos', o seu autor, sr. Luís Antônio Giron, diz que o lançamento da série inicial de 14 CDs (e LPs), que está sendo feito pela gravadora Warner/Continental, vem exatamente provar a tese (de quem?) de que os 'caipiras eram (sic) urbanos'. Bobagem. Caipira é caipira desde muito antes da existência das metrópoles. Os sertanojos-breganejos, sim, pois esses são nascidos e criados especialmente para faturar nos chamados grandes centros. Como autor do texto dos livretos que acompanham os discos, sinto-me na natural obrigação de tirar dúvidas e esclarecer os eventuais leitores a respeito do referido artigo, especialmente quando é dito que o (leitor) 'desavisado pode achar que o velho Cornélio Pires ainda está na ativa'. Os dados estão todos lá, inclusive a data de seu nascimento e morte."
Assis Angelo, jornalista (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Luís Antônio Giron – Os CDs não trazem informações importantes sobre datas e locais de gravação. Os dados não estão todos nos livretos. Sem eles, o consumidor pode pensar que Cornélio Pires está vivo. Escrevi que a música caipira surge no contexto da industrialização e do disco.

Gols da crônica
"É lindo ler na Folha os craques Matinas Suzuki Jr. e Alberto Helena Jr.. Através de lances e jogadas diferentes, eles vão fazendo os mais belos gols da crônica esportiva brasileira."
José Buffo (Curitiba, PR)

"Prosseguindo em suas importantes e decisivas enquetes de opinião, a Folha deveria, imediatamente, organizar a seguinte: 'O que você acha de Matinas Suzuki Jr. para técnico da seleção brasileira de futebol?"
Reginaldo Ponce de Leon (São Paulo, SP)

"Também tenho a minha seleção gostaria de torná-la pública para um debate entre o Matinas Suzuki Jr. e o Zagalo, embora achando que os dois ficariam satisfeitos. Lá vai: Zetti, Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Roberto Carlos, Cafu, César Sampaio, Leonardo e Rivaldo, Bebeto e Romário. O Matinas ficaria contente pois num ataque o Brasil poderia descer com Cafu, Leonardo, Rivaldo, Bebeto e Romário, e a dupla Parreira-Zagalo estaria convocando apenas quatro atacantes, como já disseram que farão. Lamentariam apenas a falta do Dunga..."
Afonso Celso Rocha Mastrelli (Ribeirão Preto, SP)

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