São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994
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Singapore Airlines prepara pouso no Brasil

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Singapore Airlines –uma das 20 maiores e mais rentáveis companhias aéreas do mundo– vem para o Brasil. A data, por enquanto, é guardada a sete chaves por Walt Meyer, diretor de vendas da Singapore Airlines para os Estados Unidos e América Latina.
Em sua última passagem pelo Brasil, Walt Meyer, que tem como base o escritório da Singapore Airlines em Nova York, disse à Folha, por telefone, que preferia não fixar uma data. "Não será este ano, mas, provavelmente, será antes do final do século."
Com duas representações no Brasil –Rio de Janeiro e, mais recentemente, São Paulo–, os escritórios da Singa Brasil já trabalham em ritmo acelerado. "Apostamos em janeiro do ano que vem", diz Marcelo Barone Cardoso, representante de vendas em São Paulo.
"A Singapore Airlines se vende por si só", garante Simone Ramos, representante oficial do Turismo de Cingapura em São Paulo. "Vale ressaltar que ela é considerada, há seis anos, como a empresa aérea que oferece o melhor serviço de bordo de todo o mundo."
Tecnologia e confiabilidade são, na opinião de Walt Meyer, os grandes trunfos da Singapore Airlines sobre as demais companhias aéreas. "Sabemos que o passageiro é o que temos de mais importante e sempre estamos tentando satisfazer suas necessidades."
Há muitos anos, a Singapore Airlines vem investindo em seu serviço de bordo e de terra. Sua aeromoças, por exemplo, já se transformaram em marca registrada. Têm, em média, 24 anos, são lindas, elegantes –vestem-se com sarongues de seda– e estão sempre sorrindo para os passageiros.
A cada dois anos, as comissárias, em função do desgaste da profissão, são remanejadas para outras funções na empresa. Assim como elas, os funcionários de terra também são bastante exigidos. Todos os anos, passam por um ou dois programas de treinamento.
Outro destaque da Singapore Airlines é a idade média de seus aviões, uma das mais baixas do mundo –cinco anos, contra, por exemplo, 9,5 anos da Varig. A maioria de seus aviões de longa distância tem configuração interna com desenho exclusivo da Boeing. Uma das inovações da companhia aérea para os passageiros da classe econômica é a implantação dos vídeos individuais. Até agora, eles só eram conhecidos pelos brasileiros que viajam em primeira classe ou em classe executiva na British Airways, Air France e Lufthansa.
Até o momento, a Singapore Airlines é uma companhia "off-line". Isto significa que os brasileiros só voam com a Singapore a partir dos Estados Unidos, Europa e Ásia, através de acordos tarifários com Aerolineas Argentinas, South African Airways (SAA), United Airlines e Varig.
A Singapore Airlines fechou o ano fiscal 92-93 com uma receita de US$ 5,135 bilhões e um lucro de US$ 741 milhões –a Varig, por exemplo, fechou o ano com uma receita de US$ 2,6 bilhões e um prejuízo de US$ 97 milhões.
Segundo a revista "Fortune", em 91 a Singapore Airlines ocupava o 20º lugar no ranking das maiores companhias aéreas por vendas no mundo. Na mesma pesquisa, apenas 23 não perderam dinheiro naquele ano. A Singapore Airlines, até agora, é uma das poucas empresas aéreas que não viu o céu carregado de vermelho.

Colaborou ANA ASTIZ, editora de Empregos.

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