São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994
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Violência infantil; O silêncio da orquestra; Visita do cardeal; Aulas de gramática; Ombudsman; Movimento de 64; Juros altos

Violência infantil
"É completamente terrível o que aconteceu dias atrás em uma escola de São Paulo. Explorar sexualmente crianças de quatro anos (não só de quatro anos, mas de qualquer idade), deveria ser motivo de prisão perpétua. Cadeia para esses cafajestes. Justiça para esses pequenos brasileiros."
Alexandre de Almeida (Guarulhos, SP)

O silêncio da orquestra
"Como viúva do compositor e presidente da Fundação Camargo Guarnieri venho manifestar meu profundo desagrado pela atitude, no mínimo infeliz, de um grupo da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, na récita do último dia 30, da ópera Pedro Malazarte. Apesar da orquestra completa estar presente, esse grupo decidiu não tocar durante o espetáculo, numa demonstração inequívoca de imensa falta de profissionalismo."
Vera Silvia Camargo Guarnieri (São Paulo, SP)

Visita do cardeal
"Hoje vejo a foto de d. Aloísio Lorscheider, de volta ao presídio onde já foi sequestrado há poucos dias para beijar os pés de alguns dos detentos. Pelo que um dia li na Bíblia, após morto e sepultado, o Cristo ressuscitado foi visitar os seus discípulos e não me consta que tenha ido fazer qualquer visita de cortesia àqueles que o levaram à cruz e nem ao maluco que lhe teria atravessado o corpo com uma lança."
Roberto Antonio Cera (Piracicaba, SP)

Aulas de gramática
"A repórter Ediana Balleroni não é exatamente a pessoa indicada para dar aulas de gramática aos editores do jornal 'Quércia Presidente', como faz na Folha de quarta-feira, 30/03. Primeiro, o que ela aponta como erro de concordância é, na verdade, de digitação. Erro de concordância, e grave, é o que a repórter comete quando escreve que 'Collor também atacou duramente as elites, o que não impediu que parte delas lhe dessem seu apoio'. O correto, sra. Balleroni, é que parte da elite desse. Não há por que o verbo ir para o plural."
Paulo Cerciari (São Paulo, SP)

Nota da Redação – O erro de concordância que a carta aponta não é de responsabilidade da repórter, mas foi introduzido em emenda ao texto feita pela Redação, momentos antes do fechamento da edição.

Ombudsman
"A ombudsman Junia Nogueira de Sá está de parabéns pelo artigo 'Para pensar em casa' e pelas 'Notas' na edição de 27/03."
Ivan Vasques (Rio de Janeiro, RJ)

Movimento de 64
"Parabéns Luiz Caversan 'Lembrar para não esquecer' sobre a destruição da democracia, 'o golpe de 64, 30 anos depois'. Seu veredicto, culpado, encerra o longínquo silêncio de três gerações vítimas do medo da repressão e da tortura."
Ernani Miura (Porto Alegre, RS)

Juros altos
"Depois de manter uma política econômica criminosa de juros altos (juros altos para baixar a inflação), o ministro da Fazenda deixa uma inflação de 45% ao mês e é candidato a Presidência da República. Juros acima de 30% ao mês são crime. Imagine taxas acima de 50%?"
Walter Maia (Salvador, BA)

Parmalat
"Cumpre-nos esclarecer que a Parmalat é uma empresa que, ao contrário do que equivocadamente constou da reportagem 'A grande farsa do combate aos oligopólios', publicada à pág. 2-4 de 6/03 no caderno Finanças, participa no mercado com mais de 500 concorrentes nacionais e internacionais e, que de forma alguma, poderia enquadrar-se no conceito de oligopólio."
José Eduardo M. Mesquita, diretor-adjunto jurídico da Yolat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. (São Paulo, SP)

Nassif
"Parabéns ao jornalista Luís Nassif, pela publicação do artigo 'A grande virada da CUT' (23/03). Sua opinião bem mostra a quantas anda o sindicalismo no Brasil."
Antonio Fernando Gonçalves (Botucatu, SP)

"Apóio a proposta de Luís Nassif, publicada em sua coluna no dia 24/03, de que sejam eleitos deputados e senadores entre os políticos profissionais e que seja eleita uma assembléia revisora da Constituição brasileira entre lideranças sérias da sociedade. Está na hora de se começar a acabar com esta história de se legislar em causa própria."
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

"Um alerta ao eleitor brasileiro: leia a coluna de Luís Nassif, 'Nem Lula, nem FHC, nem Quércia' (Folha, 29/03, pág. 2-3). Genial! Nassif, atualmente nosso melhor jornalista e analista político-econômico, enfoca com incrível lucidez o quadro sucessório brasileiro."
Daisy Costa Leininger (Brasília, DF)

O sofrimento do brasileiro
"Quando eu trouxe imigrantes alemães (ou judeus alemães) em 1949, no navio Duque de Caxias da Marinha do Brasil, senti profundamente o sofrimento do imigrante pós-guerra. Tive profunda comiseração pelo povo judeu, alemão, negro e por todos os povos tanto quanto sinto pelo povo brasileiro de hoje, porque todos foram roubados em sua fé e em sua esperança de vida."
José Adelmo Borges (Porto Alegre, RS)

Comportamento médico
"Penso que as escolas de medicina são muito responsáveis pela má qualidade da maior parte dos profissionais que formam. Estive internada em um hospital-escola e fiquei horrorizada com a frieza e a indiferença dos estudantes que frequentavam a enfermaria como se nós, doentes, fôssemos apenas livros de patologia."
Marilda Bernardino (Bragança Paulista, SP)

"Penso que nossos maiores problemas (os dos médicos) devem-se à convivência de imagens sociais muito contrapostas. Em nosso imaginário (e no de nossos pacientes) ainda somos detentores de um secreto saber, de poderes mágicos, primos dos alquimistas e dos pajés. E uma aliança entre os reais interessados na melhoria das condições de saúde, profissionais e clientes, talvez seja a única forma de proteger um pouco nosso sistema de saúde como um todo dos graves desmandos políticos e administrativos que ele sofre."
Mônica de Almeida Mogadouro, médica psiquiatra (São Paulo, SP)

Contribuição ao Plano FHC
"Minha parcela de contribuição para o sucesso do Plano FHC: assim como o governo cobra do contribuinte INSS, IR, IPMF, entre outros impostos e as empresas descontam de seus funcionários os dias faltosos, os presidentes do Senado e da Câmara deveriam proceder da mesma forma com os parlamentares. Isto acabaria com a tal 'falta de (vergonha) quórum'."
Curt Nees (Joinville, SC)

Farra do Boi
"Infelizmente temos presenciado inúmeros 'espetáculos' deprimentes no Brasil, com destaque para os de ordem política. Não nos esqueçamos, porém, que há muitos outros ainda perpetrados, dentre os quais a chamada Farra do Boi, cometida por ignorantes e bêbados em algumas comunidades de Santa Catarina. Segundo alguns 'intelectuais', trata-se de uma 'tradição'. Certamente estes atos assassinos estão na mesma linha de 'tradição' em que se situam o Comando Vermelho, a Máfia, o Cartel de Medellín, o Congresso brasileiro etc."
Ursula E. Metz (São Paulo, SP)

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