São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Violência mata 13 na África do Sul
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Treze pessoas, entre elas dois policiais, foram mortas entre a noite de sexta-feira e a manhã de ontem na Província de Natal e no território segregado de KwaZulu (sudeste da África do Sul).Isso eleva a 18 o número de vítimas da violência política desde a decretação do estado de emergência, na quinta-feira. A maioria da população da região pertence ao grupo tribal zulu, cujos líderes são contra as eleições dos dias 26 a 28. O incidente mais grave ocorreu nos arredores de Estcourt (Natal), onde homens armados com fuzis AK-47 invadiram uma igreja durante a missa, matando três pessoas e ferindo outras onze. Perto dali, dois pistoleiros não-identificados mataram duas pessoas e feriram outra poucos minutos depois. A polícia local disse que os ataques parecem ter sido levados a cabo por militantes zulus do Partido da Liberdade Inkatha, que é contra as eleições, contra partidários do Congresso Nacional Africano –cujo líder, Nelson Mandela, provavelmente será eleito o primeiro presidente negro do país. Tropas do Exército começaram a impor a lei marcial em Natal e KwaZulu na sexta-feira. O presidente Frederik de Klerk decretou estado de emergência com o objetivo de conter a violência política entre grupos negros rivais, que deixou mais de 300 mortos em fevereiro. As eleições multirraciais do fim deste mês serão as primeiras na história da África do Sul em que o voto de um negro terá o mesmo peso do de um branco. Texto Anterior: Jirinovski vira ditador dentro do partido; Explosão mata dois turistas na Turquia Próximo Texto: Cruz Vermelha prepara retirada de minorias após massacre na Bósnia Índice |
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