São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Votos que o boto comeu Lagoa da Prata é um lugarejo de Minas cuja principal atração faz jus ao nome da cidade. De água límpida, cercada de praias, a lagoa é a principal fonte de lazer do município e o chamariz do lucro de vários hotéis e restaurantes. Foi pensando em aumentar os atrativos turísticos do local que, em 1985, o então prefeito Pedro Paulo Rezende (PMDB) importou do Araguaia um casal de botos. Os anos foram passando, os botos crescendo e os banhistas se divertindo. Até que, recentemente, os amáveis botos, sabe-se lá por qual razão, tornaram-se hostis. Só no Carnaval, morderam 66 pessoas. O atual prefeito, José Otaviano Ribeiro (PT), tentou remover os bichos. Mas captura e transporte não custam menos de US$ 30 mil. Sem outras alternativas, prefeito e ex-prefeito apelam ao Ibama e à FAB para que levem o pesadelo de volta para as águas do Araguaia. O motivo é também político. Se a população, assustada, perdeu seu lazer e os comerciantes, seus turistas; os adversários do PMDB e do PT ganharam um mote de campanha. A moda é dizer que um partido trouxe e o outro alimentou os "monstros da lagoa". Texto Anterior: Decreto vai fixar conversão Índice |
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