São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Bogoricin busca o mercado externo
ARTHUR PEREIRA FILHO
Através dessa associação, ela quer atacar o filão das multinacionais que pretendem se instalar ou investir no Brasil e das empresas brasileiras interessadas em ir para o exterior. Segundo Julio Bogoricin, presidente da Julio Bogoricin Imóveis, a parceria com a Binswanger "é um acordo operacional para atender às multinacionais do mundo". Bogoricin diz que a JBB tem condições de "resolver todos os problemas" de uma multinacional que queira se estabelecer no Brasil, assim como os de "uma empresa brasileira que queira se instalar no exterior". Além da compra e venda de propriedades industriais e comerciais, a JBB dá consultoria, faz avaliações, negocia contratos e administra propriedades em qualquer parte do mundo. O mercado internacional não é novidade para a Bogoricin. Há 14 anos a empresa atua nos EUA, através da Julio Bogoricin Real Estate Corporation, mas nas áreas residencial e de escritórios. A Binswanger, fundada em 1931 e sediada na Filadélfia, é a imobiliária líder do ranking norte-americano e tem entre seus clientes empresas como AT&T, Chrysler e Coca-Cola. Em dezembro de 91, se associou à Chesterton International, de Londres, criando a Chesterton Binswanger International, com 120 escritórios em 20 países e 4.500 empregados. Em 93, faturou US$ 6 bilhões. Para Samuel Segal, diretor da JBB, a associação com a Bogoricin no Brasil é uma "aliança estratégica". "A Binswanger coordena todo o trabalho dos 120 escritórios. Ela tem o compromisso de trabalhar o mundo inteiro como um mercado só." A "aliança estratégica" traz vantagens para os dois lados, relata Segal. "A Binswanger entra em um novo mercado, sem as dificuldades de montar uma empresa do marco zero. A empresa local tem acesso ao mercado mundial e ao 'know how' da Binswanger." A nova empresa está instalada na sede da Julio Bogoricin, em São Paulo, e trabalha com uma equipe de dez pessoas, treinada na sede da Binswanger, na Filadélfia. "O investimento inicial foi pequeno. O maior custo foi o treinamento do pessoal", afirma Segal. "A nossa previsão é que a empresa tenha um crescimento rápido. Mas vai depender muito da situação da economia do país". Texto Anterior: Rio Grande do Sul inaugura safra de soja; Venezuela reabre hoje o Banco Latino Próximo Texto: Justiça decide amanhã futuro do Eldorado Índice |
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