São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994
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Orientação profissional briga com sua fama de "mágica"

LUÍS PEREZ
DA REDAÇÃO

Os cursos de orientação profissional estão procurando se modernizar para acabar com o estigma de meros testes que indicam aos estudantes que carreira seguir. A maioria deles preferem ser identificados como "orientação profissional" e não "orientação vocacional".
"Hoje em dia a gente visa não só a carreira, mas o projeto de vida do estudante", afirma Yvette Piha Lehman, 43, psicóloga responsável pela coordenação do
programa na USP, que deve voltar a funcionar neste início de mês. Segundo ela, que é também professora do Instituto de Psicologia, o serviço –gratuito– atende cerca de 900 pessoas por ano. A maior procura se concentra entre maio e setembro –quando há inscrição na Fuvest.
Outras instituições com cursos grátis são Anglo de Osasco e Faculdades São Marcos. Mas é bom correr. "Como o serviço é muito procurado, quem pretende ser atendido ainda em agosto deve se inscrever desde já", diz Andréa Garcia, 21, aluna de psicologia da São Marcos. Segundo ela, quem trabalha com os estudantes são formandos em psicologia, supervisionados por outros profissionais do ramo.
Última hora
"As pessoas tendem, infelizmente, deixar tudo para a última hora", critica Marisa Donatiello, 30, psicóloga do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), que também atende à noite e aos sábados. Segundo ela, a frase mais ouvida é: "Quero segurança na escolha". "Como se a resposta viesse num passe de mágica", diz Marisa.
Mas, para alguns especialistas, é muito precipitado escolher a profissão ainda no primeiro grau. "A pessoa ainda está muito imatura. Acho que a melhor época é o colegial, mas não no final, caso contrário, fica muito corrido", afirma Silvio Bock, 42, pedagogo do Nace Orientação Vocacional-Redação, que cobra 30 URVs por hora no atendimento individual.

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