São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 1994 |
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Resultado agrada quercistas
MÁRIO SIMAS FILHO
"Sempre defendi as prévias, mas é preciso que elas sejam feitas de forma organizada", disse Quércia. O que o ex-governador temia é que houvesse fraude, caso as eleições internas fossem feitas com quórum ampliado, como pretendia a cúpula do partido. Quércia estava em campanha na Federação dos Trabalhadores na Indústria de Construção e Mobiliário de São Paulo, onde apresentou um pré-programa de governo (leia reportagem abaixo), quando foi informado pelo deputado Alberto Goldman (PMDB-SP) que o partido decidira votar a realização das prévias com quórum reduzido. Por volta das 13h30, Goldman afirmou que a aprovação dependia dos quercista. O ex-governador disse a seus aliados para votar a favor. Após a divulgação do resultado, Quércia disse ter garantida a vitória. "Sairei vitorioso e com a certeza de que quem perder cumprirá o compromisso de apoiar o vencedor", disse Quércia. "Quem tem medo de prévia não pode ser candidato a nada", afirmou. O deputado João Leiva, aliado de Quércia, disse que "quem teme as prévias são os caciques e não os índios". "Era o que queríamos", disse o quercista José Machado de Campos Filho, pré-candidato do PMDB paulista ao Senado. "A forma escolhida pelo partido vai permitir a vitória de Quércia e garante a unidade do partido", afirmou. Ontem, o ex-governador deu indícios de que se considera traído pelo senador José Sarney, seu adversário na prévia. "Havia um entendimento entre nós no sentido de que o candidato seria eu", disse Quércia. "Ele (Sarney) foi um dos maiores incentivadores de minha candidatura", afirmou. Quércia também afirmou que o candidato a vice deverá sair do próprio PMDB. Segundo ele, "as alianças só deverão ocorrer no segundo turno". Texto Anterior: Quercistas vencem e impõem prévia restrita Próximo Texto: Vidente 'prevê' vitória de Sarney Índice |
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