São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 1994
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Pesquisas nas ilhas começaram em 1987

LÚCIA CAMARGO
DA ENVIADA ESPECIAL A ABROLHOS

O parque marinho de Abrolhos foi criado em 1983, mas a preservação da área começou de fato em 1987, quando o Ibama enviou técnicos e pessoal especializado para fazer pesquisas no arquipélago.
Abrolhos concentra a maior diversidade em recifes de coral do país, com 18 espécies diferentes que alcançam até 30 metros de altura. Há 95 espécies de peixes catalogados, além de quatro aves residentes e várias aves migratórias.
Quando chega um grupo de turistas ao arquipélago, a técnica ambientalista Maria Bernadete Silva Barbosa, 30, avisa que nenhuma pedra pode ser levada de lembrança. É proibido pescar e caçar. "As pessoas acabam entendendo que para essa beleza continuar é preciso respeitar as normas", diz.
Bernadete e o marido chegaram a Abrolhos em 87. Um ano depois, o casal se empregou no Centro Abrolhos, entidade que fiscaliza e desenvolve projetos nas ilhas. Em 93, Adolfo Correa, marido da técnica, morreu mergulhando.
Os turistas podem desembarcar apenas nas ilhas Siriba e Redonda. Sueste e Guarita são reservadas para estudos. Em Guarita, há um cemitério de pássaros. Em Santa Bárbara, o acesso é vetado por ser uma base da Marinha.
Pode-se costear a Siriba andando sobre as rochas vulcânicas sob o olhar impassível de atobás-brancos, tesourões e grazinas. O negro das pedras é pintado pelo branco do guano –fezes de aves–, que ajuda no crescimento da vegetação nativa, toda rasteira. Os quatro coqueiros que identificam de longe a Siriba foram levados pelo homem.
A maior e única habitada, Santa Bárbara, abriga a guarnição da Marinha e o farol, de 1861. Convivem na ilha sete famílias, aves e cabras, criadas como suprimento para uma eventual falta de comida, cujo abastecimento ocorre a cada 15 dias.(Lúcia Camargo)

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