São Paulo, sexta-feira, 8 de abril de 1994 |
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Itatiba inaugura zôo com 700 aves
ALESSANDRA BLANCO
O parque é o único deste porte especializado em aves na América Latina. O terreno, de 120 alqueires –cerca de 270 campos de futebol–, é dividido em quatro áreas. Elas representam a América do Sul, a Europa, a Ásia e a África. Cada área apresenta vegetação típica de sua região. O objetivo é garantir às aves um espaço semelhante ao seu habitat natural e, aos visitantes, um tour por quatro continentes em apenas três quilômetros (veja preços e horário de funcionamento ao lado). Segundo Hans Furrer, 48, um dos proprietários, cerca de 50% das aves são originárias da América do Sul. Algumas, como o tuiuiu e o cisne de pescoço preto, típicas do Pantanal brasileiro, já podem ser vistas na entrada do parque. O local tem 45 viveiros, mas a maioria das aves fica em semi-cativeiro (grandes áreas fechadas por uma cerca) ou em lagos do parque. Entre aves raras ou em extinção, estão a pomba goura, da Nova Guiné, o faisão de Palawan, das Filipinas, os gansos da Sibéria e o macuco brasileiro. O parque ainda apresenta diferentes espécies de araras, tucanos, flamingos e o primeiro avestruz reproduzido em cativeiro no Brasil. O zooparque surgiu de uma coleção de aves criada há cinco anos. "Começei a criá-las muito tempo e cada vez tinha mais. Então resolvi criar um negócio economicamente viável", disse Furrer. O primeiro "negócio" e principal, segundo Furrer, foi um criadouro científico de aves raras e em extinção, que já conta com 100 casais reprodutores. O parque foi a solução encotrada para garantir verbas ao criadouro. Os filhotes reproduzidos devem ser reintegrados em seus habitat naturais ou integrados ao parque. Para criar o zooparque foram gastos, segundo Furrer, US$ 3 milhões (CR$ 2,9 bilhões). As aves consomem duas toneladas de ração, três toneladas de carne e quatro toneladas de frutas por mês. O próximo passo será um departamento de anfíbios e répteis para completar as áreas de cada região e cursos de educação ambiental. Os cursos devem preparar os visitantes para que possam manter um contato direto com as aves. Atualmente, quem visita o local não pode sair de um caminho de paralelepípedos construído entre os viveiros nem alimentar as aves. Segundo Hans, 1.500 pessoas visitam o local nos finais de semana. "É um passeio diferente. As pessoas conhecem o local, almoçam no restaurante do parque, dão uma volta, tomam um chope e vão embora." (Alessandra Blanco) Texto Anterior: Vencedor quer captar recursos Próximo Texto: Curso ensina escalada com muro de 7 m Índice |
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