São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Procurador suspeita de falso informante

DA SUCURSAL DO RIO

O procurador-geral de Justiça, Antonio Carlos Biscaia, disse ontem que o homem que foi à Procuradoria na quinta-feira dizendo-se perseguido por bicheiros pode ser um funcionário enviado pelo bicheiro Castor de Andrade.
"Ele foi ouvido por mais de duas horas, mas as informações eram falsas", contou Biscaia, que não revelou o nome dele.
Biscaia declarou que a Procuradoria tem certeza de que a testemunha não é o contador do bicheiro Castor de Andrade.
O procurador não quis falar sobre três testemunhas que estariam desaparecidas. As testemunhas seriam contadores dos bicheiros que serviriam de informantes.
Segundo versões da polícia, duas das testemunhas já teriam sido sequestradas pelos bicheiros. A terceira, que seria a mais importante, está desaparecida.
Biscaia confirmou que um dos cofres do escritório de Castor, em Bangu, foi violado quando já se encontrava sob custódia da PM.
Segundo Biscaia, o cofre continha dinheiro. A Folha apurou que desapareceram do cofre cerca de Cr$ 8 milhões e US$ 1 mil.
O procurador disse que o cofre foi deixado em Bangu porque era de difícil transporte. Quando a Procuradoria voltou ao escritório, no domingo, o cofre estava aberto.
A Procuradoria suspeita de que os PMs de guarda no escritório facilitaram a entrada de funcionários dos bicheiros na casa.

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