São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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'Sirvo melhor o Brasil daqui'

CLAUDIO CSILLAG
DA REDAÇÃO

Walter Soares Leal é um exemplo clássico (e extremo) de "brain drain", expressão inglesa que denomina o "fluxo de cérebros" brilhantes do Terceiro para o Primeiro Mundo.
O trabalho Leal rendeu 12 patentes ao instituto onde trabalha. Cada patente dessas, estima-se, rende US$ 30 mil por ano durante os 20 anos de validade. Duas bastam para financiar o trabalho que as geraram.
"Aqui temos boas condições de fazer pesquisa", diz o cientista, que foi para o Japão há dez anos para estudar –e que não tem planos de se mudar para o Brasil.
"Daqui posso produzir mais para o Brasil, pois tenho os equipamentos necessários."
Leal colabora com a Universidade Federal de Viçosa (MG) no estudo do feromônio de um besouro que ataca a cana-de-açúcar.
Mas o empregador de Leal também cooperou.
"O Ministério da Agricultura concordou em não exigir patente do feromônio. O produto ficou de domínio público, para ficar mais barato."(CCs)

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