São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994
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Como montar uma criação de rãs ?

Como montar uma criação de rãs?
Rogério Sabino, Boa Vista, RR
A ranicultura –como é chamada a criação de rãs– é sem dúvida uma boa oportunidade negócio.
A carne pode ser considerada um artigo de luxo, tipo exportação, e a pele é uma matéria-prima valiosa para a indústria de moda, na confecção de calçados, bolsas e peças do vestuário.
O investimento inicial para a instalação do empreendimento é baixo. Com cerca de US$ 3.000 você pode montar um ranário.
É preciso um terreno de 500 m2 a 2.000 m2, localizado em regiões climáticas com as médias anuais entre 18 e 23 graus Celsius, com disponibilidade de água e farta vegetação.
O espaço deve ser dividido em áreas para reprodução, estufas, tanques-rede, tanques de engorda e tanques de retenção.
A espécie de rã mais adequada para criação em cativeiro é a conhecida como "rã mugidoura" entre os hispano-americanos ou "touro-gigante" no Brasil.
A rã touro-gigante é uma espécie de grande porte, que pode chegar a 43 cm de comprimento total e pesar até 2,5 kg. No Brasil obteve-se exemplares com 1,6 kg.
A rã touro-gigante se alimenta de ração –farinhas diversas, às vezes complementadas por larvas de mosca–, oferecida em cochos vibratórios, que dão ao animal a impressão de alimento vivo.
As rãs alcançam o peso e qualidade ideais para abate por volta do quinto mês.
O ranicultor deve fazer o manejo adequado da criação, oferecendo à rã uma ração balanceada e evitando unir animais de grande e de pequeno portes para evitar o canibalismo.
Um ranário, apesar do custo relativamente pequeno, exige do empreendedor muita paciência, pois o prazo para a obtenção do lucro é um pouco longo, entre dois a três anos.
As cartas ao Balcão Folha-Sebrae devem ser enviadas para Caderno Tudo - al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01290-900, São Paulo, SP, com nome, profissão, endereço, telefone e ramo de atividade; elas serão respondidas pela equipe técnica do sistema Sebrae.

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