São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994
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Ana Carolina adorou estudar em Oregon

ANTONINA LEMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ana Carolina Pinto, 17, voltou triste da temporada de seis meses que passou nos Estados Unidos.
Não que as coisas tenham dado errado. Pelo contrário, ela se deu tão bem na viagem que até arranjou um namorado americano. Foi por isso que ela chorou um pouco na hora de voltar.
Ela não sente saudades só do namorado, mas também de sua família americana (pai, mãe, dois irmãos e uma irmã).
"Eles viraram a minha família também, por isso achei meio triste ter de deixá-los", diz a menina, que pretende passar as férias do ano que vem com eles.
A maioria dos amigos de Carolina nos EUA também eram estrangeiros. "Os americanos não me convidavam para sair."
Ela tem uma explicação para a teoria de que os intercambistas não fazem amigos americanos: "Eles têm muitos preconceitos contra os brasileiros".
Ela pôde comprovar isso no dia em que foi apresentada para sua turma no colégio. " Entre os novos alunos tinha eu e alguns alemães. Eles só se interessaram pelos alemães."
Mesmo assim, ela adorava a escola. "Enorme e com uma quadra quase do tamanho do Pacaembu".
E se impressionou com a condição do ensino. "A gente tinha um monte de cursos, aulas de línguas. O mais legal é que a escola era pública e todo mundo tinha acesso", diz
Ela só ficou decepcionada com as aulas de teatro. Ana Carolina já estudava teatro no Brasil e foi para lá ansiosa para ter as aulas. "Mas eram muito ruins. A peça que eu encenei lá era a pior peça que eu já vi na minha vida", diz.

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