São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 1994
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Escolas 'conversam' via computador

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos 26 escolas de São Paulo já estão envolvidas num projeto em que alunos se comunicam via computador.
Os projetos são principalmente na área de ensino de ciências –biologia, química, física, entre outros. O ensino da língua inglesa também tem tido sucesso com essas redes computadorizadas.
Os alunos das diferentes escolas realizam experimentos padronizados (leia quadro). Podem, por exemplo, plantar um tipo de semente de planta selecionada e acompanhar o desenvolvimento.
Os resultados são anotados e discutidos pelos alunos e professores de cada escola. Depois, vão para um computador ligado à rede.
Em geral, são as diferenças nos resultados obtidos em cada local que mais estimulam os alunos a tentarem entender o que aconteceu.
A maior parte desse trabalho está sendo coordenada pela Escola do Futuro –núcleo da Escola de Comunicações da USP (Universidade de São Paulo) que pesquisa o uso de tecnologia na educação.
"Ligar salas de aula em lugares distantes significa derrubar as paredes da sala, criando salas virtuais e fazendo do aluno um cidadão global", afirma Fredric Litto, diretor da Escola do Futuro.
A idéia principal do trabalho é incentivar nas escolas o ensino interdisciplinar, diz o pesquisador israelense Uri Marchaim, que está coordenando vários dos projetos.
O projeto em andamento sobre energia solar, por exemplo, prevê a medição da temperatura da água em recipientes padronizados, em épocas pré-determinadas.
As medições são feitas em diferentes pontos da cidade, do país e do mundo –já que participam também escolas de Israel.
Desta forma, relacionam-se as matérias de física, geografia e estudos sociais –já que se discute fontes de energia–, segundo Marchaim. Como a maioria dos programas são em inglês, essa disciplina também é contemplada.

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