São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 1994
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Giovane afirma que pode ficar no Brasil

EVANDRO ÉBOLI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUIZ DE FORA

Giovane diz que pode ficar no Brasil
Atacante da seleção volta da Itália e quer definir o clube brasileiro para disputar a próxima Liga Nacional
O atacante mineiro Giovane Farinazzo Gávio, 23, o Gigio, campão olímpico com a seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos de Barcelona, em 92, pode ser o primeiro "brasiliano" a acertar seu retorno para o vôlei nacional.
Giovane tem uma reunião marcada com dirigentes do Palmeiras-Parmalat e Telesp, clubes interessados em sua contratação.
Em entrevista à Folha, ontem em Juiz de Fora, ele disse que já se desligou em definitivo da Itália, mas não descartou a possibilidade de voltar a jogar no exterior.
No vôlei italiano desde 89, Giovane atuou em quatro temporadas na Liga daquele país pelo Charro Petrarca (Padova), Il Messaggero Ravenna e Edilcuoghi Ravenna, seu último clube, que foi eliminado na semana passada das semifinais da Liga Italiana pelo Sisley Treviso, de Marcelo Negrão.
Com alguns dias de descanso para rever seus familiares e amigos em Juiz de Fora (MG), Giovane se apresenta à seleção brasileira no próximo domingo, ao lado do levantador Maurício, que também chegou ontem da Itália e foi para Campinas (SP) rever a família.
*
Folha – Você já deixou em definitivo o vôlei italiano?
Giovane – Sim. Já estou completamente desligado da Itália e pronto para voltar a jogar no Brasil.
Folha – Você já definiu em que clube vai jogar?
Giovane – A única coisa certa é que vou jogar em São Paulo. Na quarta-feira vou definir isso depois de me reunir com dirigentes do Palmeiras e Telesp.
Folha – Como você avalia essa iniciativa da Confederação Brasileira de Vôlei com o Banco do Brasil em trazer de volta os campeões olímpicos?
Giovane – Acho a idéia muito boa. Os dirigentes precisam aproveitar a boa fase do nosso vôlei e o retorno de público que vem dando o esporte. O momento é bom.
Folha – Você acha que os salários vão se equiparar ao que você recebe na Itália?
Giovane – Com um esforço de cada lado é possível se chegar a esse patamar. O vôlei no Brasil já está bem profissional em todos os aspectos, incluindo o financeiro.
Folha – Jogar no exterior era um sonho de qualquer jogador e você, agora, está voltando para casa. Você vê perspectiva em voltar a atuar no exterior?
Giovane – Lógico. A nossa geração é muito nova. Tenho 23 anos, alguns um pouco mais, outros menos. A possibilidade de voltar a jogar lá fora existe.
Folha – Qual a sua expectativa para mais uma Liga Mundial?
Giovane – Não sei como anda o treinamento da seleção. Ainda nem falei com o Zé Roberto (técnico da seleção). Mas pela atual fase, o Brasil é sempre favorito. Não só para a Liga como para o Mundial da Grécia.

Colaborou SÉRGIO KRASELIS, da Reportagem Local.

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