São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Mercado é favorável a café e suco

DE NOVA YORK E DA REPORTAGEM LOCAL

O momento é favorável para duas das principais commodities brasileiras. Vice-líderes em exportações (atrás da soja), suco de laranja e café vivem expectativa de alta nos preços internacionais.
O café atingiu ontem seu maior preço em cinco anos. O tipo robusta (vendido pelo Brasil) fechou a US$ 1.540,00 por tonelada, na Bolsa de Londres. O suco caiu 0,81% ontem, mas deve reagir tão logo se confirmem as previsões de quebra na safra de laranja da Flórida (Estados Unidos).
Os ventos do furacão Andrew que devastaram parte da plantação de laranja na Flórida em 1992 continuam arruinando os negócios de dezenas de produtores de suco.
Um inseto desconhecido está matando milhares de árvores da fruta e pode comprometer boa parte da produção da próxima safra.
Segundo a Folha apurou, o Departamento de Agricultura dos EUA estima que a produção da Flórida caia 7% este ano em comparação com o resultado de 93, totalizando 7,84 milhões de toneladas. A praga, de origem africana e pouco maior que um grão de poeira, teria chegado aos EUA nas correntes de ar do furacão.
A maior associação de produtores da Flórida, a Citrus Mutual, está importando da Austrália milhares de vespas para combater a praga. Os inseticidas convencionais não estão funcionando e os mais fortes ainda não apresentaram resultados satisfatórios.
A quebra da safra nos EUA favorece o Brasil. Em 1993, a indústria de suco exportou US$ 826,2 mil. O Brasil é o principal produtor mundial de laranja. Os EUA, os principais consumidores.
Café
Só ontem o café robusta subiu 3,15% em Londres. O produto chegou a ser negociado a US$ 1.544,00/t durante o dia. Em um mês a valorização da café em dólar foi de 9,2% em Nova York.
Segundo analistas, as cotações em alta se devem à queda da produção em várias regiões ao plano de retenção idealizado no ano passado pelos países produtores.
Em março o Brasil embarcou 1,16 milhão de sacas de café. A venda rendeu ao país US$ 95,9 milhões, 15,3% mais que em março de 1993, quando o volume exportado foi 12% maior.

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sobre café na pág. 2-2

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