São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Igreja monta rede de emissoras de televisão
FLÁVIO FARIA
A assembléia foi aberta ontem às 8h30, com uma missa, no município de Itaici (município de Indaiatuba, a 99 km de São Paulo). A missa foi celebrada por d. Luciano Mendes de Almeida, presidente da CNBB. A pauta da reunião, que tem por tema central "A Igreja no Brasil: Desafios e Protagonistas da Missão", foi definida ontem, na abertura da assembléia. À tarde, houve reunião fechada entre os bispos. Segundo d. Ivo Lorscheider, coordenador do setor de Comunicação Social da CNBB, o objetivo da Igreja ao criar uma rede própria de TV é ampliar os meios de comunicação com a sociedade. A rede da Igreja seria nacional e tem nome provisório de "Rede Vida". O debate sobre programação da emissora está ligado ao tema central da assembléia. A previsão é de que a rede comece a operar ainda este ano. A emissora faz parte de um projeto que está em andamento há mais de um ano e inclui a informatização da Igreja, formando um correio eletrônico entre as diversas dioceses, Brasília e Roma. A assembléia dos bispos conta com a participação de 362 pessoas divididas entre bispos (272), convidados (57), assessores (25) e funcionários (8). Após o encerramento da assembléia, no próximo dia 22, os bispos pretendem divulgar um pronunciamento em relação ao momento político do Brasil. A sugestão foi de d. Tomaz Balduíno, baseado no texto de apoio para as eleições deste ano, elaborado pela Pastoral Social da CNBB, coordenada por d. Demétrio Valentino, e pelo Setor de Leigos, coordenado por d. Cândido Padim. Um dos temas que também deverá ser levantado é a questão das eleições deste ano. A CNBB preparou uma cartilha para orientar as pessoas na hora de votar. A cartilha prega o voto consciente e faz campanha contra o voto nulo e o voto em branco. "O voto é mais importante do qualquer revolução", disse o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns. Segundo ele. a igreja deve concentrar-se em convencer os eleitores não votar em branco e a não anular o voto. Entre outros pontos, a cartilha exorta os brasileiros a terem cuidado para não votar em corruptos e critica o modelo econômico neoliberal. Texto Anterior: Seminário discute pesquisas eleitorais Próximo Texto: Britto não fará campanha para Quércia Índice |
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