São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Técnicos terminam a leitura dos 204 disquetes do bicho apreedidos
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O promotor responsável pelo trabalho, Fernando Fernandy Fernandes, disse que existem na verdade 204 disquetes e não 166, como havia sido anteriormente divulgado. Duzentos e três disquetes são do tipo 5 1/4 polegadas - maiores e mais finos - e apenas um é de 3 1/2 polegadas, geralmente utilizado em computadores portáteis. Os disquetes trazem as mesmas informações dos livros-caixa, disse Fernandy: movimentação financeira com nomes de pessoas que receberam dinheiro e registro sobre a organização administrativa dos escritórios. A escrita da contabilidade dos bicheiros evoluiu tecnologicamente em três fases. Primeiro foi registrada em livros, depois em disquetes e por fim num sistema completo de computador. "Tivemos sorte de apreender as três fases", disse o promotor. Ele afirmou que não havia informações novas nos disquetes. "A nossa maior surpresa foram os joguinhos pornográficos. O resto está nos livros", contou Fernandy. Ele revelou também que os disquetes não traziam senhas especiais para dificultar a abertura do sistema. "Os bicheiros nunca esperavam que isso caísse em mãos inimigas", afirmou. A Procuradoria vai utilizar as informações dos disquetes para montar um banco de dados com todas as doações de propinas feitas pelos bicheiros e a identificação completa de quem recebeu o dinheiro. Texto Anterior: Deputada diz que pode se matar Próximo Texto: Castor acusa bicheiros presos de traição Índice |
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