São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Negociação começou 4ª feira
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As negociações do governo com o relator Neuto de Conto começaram na tarde de anteontem e só terminaram minutos antes da votação, no início da noite de ontem.O PMDB, que no início da semana estava disposto a alterar a MP, recuou por temer repercussões negativas nas eleições. As lideranças avaliaram que o candidato do PSDB a Presidência e autor do plano, senador Fernando Henrique Cardoso (SP), poderia acusar o partido de inviabilizar a estabilização econômica. "É um risco que não podemos correr. Temos que contribuir para podermos dividir o sucesso das medidas", disse Neuto de Conto. Na Comissão Mista, só o deputado Jair Bolsonaro (PPR-RJ) votou contra. PT e PDT tentaram obstruir, mas não conseguiram o apoio do presidente da comissão, senador Odacir Soares (PFL-RO). Ao defender votação urgente, o senador Ronan Tito (PMDB-MG), foi interrompido por Bolsonaro. Ele socou a mesa e disse para Tito parar com "demagogias". "Nunca paguei chantagens a militares nem quando eles estavam no governo", respondeu Tito. "Se Deus quiser, vamos voltar. Só que teremos guilhotina e não haverá esta bagunça que está aí", devolveu Bolsonaro. E saiu da sala. Texto Anterior: Perdas salariais em URV serão repostas Próximo Texto: Futuro do plano é visto com desânimo Índice |
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