São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Importação se mostra inútil
FRANCISCO SANTOS
Técnicos da empresa ouvidos pela Folha afirmam que ela sozinha pode fornecer o total de 1,37 bilhão de cédulas que o Banco Central precisa até o dia 4 de junho. Segundo os cálculos desses técnicos, a produção mensal, iniciada em 21 de março, chega a 580 milhões de cédulas. O presidente da Casa da Moeda, Danilo Lobo, afirma que ela está em cerca de 500 milhões. As importações vão custar US$ 10,32 milhões, sem incluir frete e seguro. Os 260 milhões de cédulas importadas terão que chegar até 15 de maio. Os fornecedores são as empresas Thomas de la Rue (Grã-Bretanha), Obertour (França) e Giesseck & Deurient (Alemanha). Haviam sido contratadas também 135 milhões de cédulas de R$ 1,00 com a Canedian Bank Note (Canadá), mas a encomenda foi transferida para a Casa da Moeda. Segundo Danilo Lobo, a empresa canadense não teria como entregar as cédulas no prazo exigido. Uma análise das primeiras cédulas, feita pelos técnicos da Casa da Moeda concluiu que as britânicas estão com qualidade inferior às nacionais e que as alemãs estão em nível ligeiramente superior. Danilo Lobo disse que o esforço de produção da Casa da Moeda, que está trabalhando 24 horas por dia, acabou superando as previsões. O total de cédulas encomendadas pelo Banco Central representará um volume de dinheiro de R$ 27,64 bilhões. Esse valor é cerca de nove vezes superior ao atual volume de dinheiro em circulação. O presidente da Casa da Moeda, Danilo Lobo, disse que as importações foram feitas porque o Banco Central não podia vincular o cronograma de lançamento da nova moeda aos limites da produção nacional de cédulas. No começo de março, quando o governo fez as licitações para importar cédulas, a Casa da Moeda previa que sua produção chegaria, no máximo, a 400 milhões por mês, insuficiente para fazer 1,37 bilhão até 4 de junho. Texto Anterior: Arafértil vai hoje a leilão Próximo Texto: Apenas 3 deputados discutem privatização Índice |
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